postado em 28/07/2009 10:09
Com a segunda parte de Che, de Steven Soderbergh, começa nesta terça-feira (28/7) e à noite o 19º Cine Ceará, o tradicional festival de Fortaleza. O épico de Soderbergh, que narra o segundo e fatal capítulo da biografia de Guevara - a guerrilha e a morte na Bolívia - entra em cartaz nas salas comerciais apenas no dia 18 de setembro. A prioridade dada ao Cine Ceará é explicável: o festival programou para este ano uma retrospectiva de filmes relacionados a Che Guevara.
Amanhã começa a mostra competitiva, de caráter ibero-americano. A predominância é de filmes brasileiros. Nada menos de quatro nacionais, entre oito concorrentes, estarão disputando os troféus Mucuripe, distribuídos pelo festival: Pequeno burguês - filosofia de vida, de Edu Mansur, Se nada mais der certo, de Eduardo Belmonte, À deriva, de Heitor Dhalia, e O homem que engarrafava nuvens, de Lírio Ferreira. Competem com eles o argentino Haroldo Conti - homo viator, de Miguel Mato; o mexicano Coração do tempo, de Alberto Cortés; o cubano Os deuses quebrados, de Ernesto Darana, e o peruano O prêmio, de Alberto Chicho Durante. Além dos longas, 15 curtas-metragens disputam os troféus do festival cearense.
A relação de longas nacionais mostra a dificuldade por que passam os festivais brasileiros na seleção de seus filmes: dos quatro, apenas Pequeno burguês - filosofia de vida, um documentário sobre Martinho da Vila, pode ser considerado 100% inédito. Os demais, de uma forma ou de outra, já participaram de outros eventos do gênero. Há, inclusive, um vencedor de festival: 'Se nada mais der certo ganhou a Première do Rio no ano passado. O Cine Ceará tem encontrado no formato ibero-americano a maneira de driblar essa carência.