Diversão e Arte

Saiba como foi o show de abertura do projeto Epifanias no CCBB

Irlam Rocha Lima
postado em 07/08/2009 08:21
Cidade que acolhe pessoas de diferentes regiões, por consequência, na área musical, convive com impressionante variedade rítmica. Quem esteve na terça-feira no Centro Cultural Banco do Brasil, para assistir ao show de abertura do projeto Epifanias, tomou conhecimento de mais uma manifestação artística autenticamente popular, defendida com muita competência por um grupo brasiliense. No palco do CCBB, apresentaram-se o multissoprista carioca Carlos Malta e o grupo Pife Muderno, os pernambucanos João do Pife, a octogenária paraibana Zabé da Loca e seus percussionistas. Ao fim do show aplaudidíssimo, eles saíram de cena e continuaram tocando na plateia. Em seguida, desceram a rampa de acesso ao teatro e foram para o hall, onde protagonizaram uma grande encontro, no qual também brilharam intensamente o mestre Zé do Pife, morador de Ceilândia, e As Juvelinas, grupo formado por jovens universitárias, com quem ele desenvolve interessante trabalho. O público dançou no embalo do ritmo contagiante do pife até a meia-noite. Mestre Zé do Pife (Francisco Gonçalo da Silva), que está à frente de As Juvelinas há um ano e meio, é natural de São José do Egito (PE) e mora em Ceilândia desde 1973. Além de professor, ele constrói o instrumento, numa oficina que mantém no Incra 8, próximo a Brazlândia. %u201CConheci as meninas na UnB. Fui lá para vender pife e diante da curiosidade delas as ensinei a tocar o instrumento. Já nos apresentamos em vários lugares e até fora da capital%u201D, conta o músico. De sua oficina saem semanalmente cerca de 200 pífanos de diferentes tamanhos. %u201CFaço desde pífano pequeno, de um palmo e meio, que vendo a R$ 10, até o gigante, de três palmos, que custa R$ 50.%u201D Formado por universitárias, o grupo As Juvelinas é constituído por Valéria Levay, Kika Brandão e Maísa Amorim (pífanos), Isa Flor (zabumba), Andressa Ferreira (tarol), Júlia Carvalho (pandeiro e caixa do divino), Luciana Brgamaschi ( (triângulo), Gutchia Ramil (prato) e Naira Larrea (prato). Suas apresentações, geralmente, são em espaços abertos. %u201CAlém da UnB, já tocamos em Sobradinho, Planaltina, no foyer do Teatro Nacional e no Encontro dos Povos do Grande Sertão, em São Gabriel (MG). Hoje e amanhã, estaremos na Fundação Bradesco, em Ceilândia%u201D, anuncia Júlia.

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