Diversão e Arte

Escola de Choro funciona em área improvisada, mas ganhará espaço para o chorinho

Irlam Rocha Lima
postado em 29/08/2009 09:17
[SAIBAMAIS]A criação da Escola de Choro Raphael Rabello teve como inspiração a campanha desenvolvida por Heitor Villa-Lobos durante o governo Getúlio Vargas, nos anos 1930, quando conseguiu que a música popular fizesse parte do currículo das escolas públicas. %u201CDiante dos desvirtuamento, cada vez maior, da nossa cultura musical, ações como essa são necessárias, fundamentais mesmo, para a preservação da nossa identidade%u201D, afirma Henrique Santos Filho, o Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro. Foi ele quem, há 11 anos, criou a Escola de Choro que inicialmente funcionou em instalações do anexo do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O nome foi dado em homenagem ao violonista Raphael Rabello, que, juntamente com o bandolinista Armandinho Macedo, contribuiu decisivamente, para a revitalização do do Clube do Choro. A escola, no momento, funciona em instalações provisórias atualmente, mas a partir de 2010, com a inauguração do Espaço Cultural do Choro %u2014 em construção %u2014, passará ocupar dependências modernas numa das alas do prédio. No local haverá seis salas de aula; 10 pequenas salas de estudiosos (para no máximo três alunos), todas com tratamento acústico; salas para a direção e professores; centro de referência do choro (em parceria com a Universidade de Brasília), videoteca e biblioteca. Há três anos, uma vez por mês, grupos formados na escola, têm participado do projeto Prata da Casa, que promove shows aos sábados no Clube do Choro. Um deles é o Folha Seca formado em 2006 e integrado por Tiago Nogueira (violão de sete cordas), Eduardo Souza (violão de sete cordas), Felipe Braga (bandolim de 10 cordas), Gustavo Maragno (bandolim), Guilherme Campos (cavaquinho), Alexandre Guedes e Patrícia Vieira (flauta transversal). %u201CO Folha Seca se formou na Escola de Choro, mais precisamente no roda que ocorre nas manhãs do último sábado de cada mês. Esse encontro permite interação entre alunos de diferentes instrumentos. Nas aulas, a gente só tem contato com colegas da mesma turma%u201D, explica a flautista Patrícia Vieira. %u201CJá tocamos três vezes no Clube do Choro, o que para nós é uma honra, por tratar-se de um palco por onde já passaram alguns dos mais importantes instrumentistas brasileiros. Eu, por exemplo, já assisti, fascinada, a shows dos mestres da flauta Altamiro Carrilho e Carlos Malta%u201D, revela. Confira vídeo do grupo Folha Seca

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