Diversão e Arte

Formado no palco do Clube do Choro, Rogério Caetano volta à cidade para lançar disco e homenagear Caymmi

Irlam Rocha Lima
postado em 30/09/2009 08:07
A linguagem do violão de Rogério Caetano ganhou fama e tem seguidores no Rio de Janeiro, cidade onde o músico goiano, formado em Brasília, radicou-se há quatro anos. Com presença em discos de alguns dos maiores nomes da MPB (de Zeca Pagodinho a Maria Bethânia), o instrumentista terá o método de tocar como objeto de estudo de livro a ser lançado pelo também violonista Marco Pereira. Mesmo requisitado para gravações e participação em trabalhos alheios, Rogério Caetano consegue encontrar tempo para desenvolver a faceta de compositor. As últimas criações do músico estão registradas em disco de produção independente, que será lançado de hoje a sexta-feira, às 21h45, no Clube do Choro, onde deu os primeiros passos profissionais. A apresentação, que integra o projeto Dorival para Sempre Caymmi, terá a participação do bandolinista carioca Luís Barcelos e do percussionista brasiliense Amoy Ribas. Rogério Caetano conta que voltar ao Clube do Choro é sempre um motivo de grande satisfação. Esse álbum, o segundo solo da carreira, tem dois temas criados quando ele ainda estava em Brasília. Um é Meu mundo e o outro tem o nome da cidade no título. As outras nove composições foram feitas entre 2006 e 2008. São Alma boa (que abre o repertório), Amigo violão, Brasil mestiço, Intuitiva e Nosso amor. Em todas, a fusão rítmica entre elementos da MPB e da música universal se fazem presentes, embora o choro seja a base de tudo. "Voo dos brasilianos, a última que compus, é uma homenagem ao quinteto liderado por Hamilton de Holanda e também aos músicos da minha geração que, assim como eu, deixaram Brasília e vieram para o Rio, onde hoje brilham intensamente", revela. Todas as músicas do CD, que será autografado ao final da apresentação, estão no roteiro do show. "Vou mostrar alguma coisa do Pintando o sete, o disco de estreia, lançado em 2007", adianta Rogério. Para o tributo a Dorival Caymmi, ele selecionou Maria, Peguei um Ita no Norte, São Salvador e Samba da minha terra. "Sempre tive grande admiração por Caymmi. Ainda criança, ouvia músicas dele em casa, nos discos do meu pai. O legado que esse mestre do samba e da canção deixou é uma referência importantísima para a MPB", avalia. Rogério Caetano, que em junho e julho excursionou pela Europa com o sambista Marcos Sacramento, tomou parte dos CDs mais recentes de Nana Caymmi (Sem poupar coração) e de Zeca Pagodinho (Uma prova de amor e Samba Social Clube 3 e 4). "Tenho trabalhado bastante. Isso é importante para o músico quem quer crescer profissionalmente", afirma. Ouça a música Amigo violão 2

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