Diversão e Arte

Genilson de Pulcinely lança livro com nome polêmico que questiona a felicidade do homem

postado em 30/09/2009 08:19
Ele se autointitula a reencarnação de Aleister Crowley, ocultista britânico que imortalizou a frase "faça o que tu queres, pois é tudo da lei", cantada por Raul Seixas nos anos 1970. Mineiro de Guaxupé e morando em Brasília há quase 40 anos, o psicoterapeuta, educador e bruxo Genilson de Pulcinely promete causar burburinho na cena literária da cidade com o lançamento, hoje, a partir das 19h, na Gelateria Parmalat, na 108 Sul, do livro A vida é foda. Então, foda-se (Lilith e o prazer da transgressão). Na obra, editada pela R Editora, o autor questiona as principais religiões do planeta tendo como prisma o mito de Lilith, segundo a cabala, a primeira mulher de Adão. A senha para a polêmica já se apresenta, de cara, no provocativo título. "Já me avisaram que não vou poder divulgar o livro pela televisão", lamenta Pulcinely. "Achei extremamente engraçado, percebi como o sistema é forte. Mas eu quis que fosse assim mesmo. É uma obra polêmica e todas as religiões vão se sentir ofendidas, porque eu questiono coisas como até onde elas permitem que os homens sejam felizes e até onde obrigam serem infelizes. Todas são assim, sem exceção", provoca. Com três livros escritos mas sem publicar, só agora Genilson de Pulcinely se sentiu à vontade para lançar nas livrarias seu primeiro trabalho. A motivação, ele explica, partiu de um experiência pessoal mística. "Lilith me deu essa obrigação", conta o bruxo. "Faço minha revolução solar todos os anos para saber como será o meu futuro, e esse ano Lilith estava regendo no céu. Foi uma experiência que eu tive com essa personagem extremamente polêmica e que pouca coisa existe e se sabe sobre ela. A partir desse contato resolvi buscar o prazer original de viver", emenda. Responsável, nos anos 1990, pela adaptação para os palcos da obra literária Cartas de um sedutor, de Hilda Hilst, de quem era grande amigo, o autor explica que a humanidade sofre porque não conseguimos dar vazão às transgressões da alma. Segundo ele, o livro propõe o resgate de um estado de espírito supremo classificado de alegria original do prazer. "Esse alegria depende fundamentalmente do prazer. Na minha proposta somos o divino dentro de um invólucro. E por que o divino se colocou num invólucro? Para ter prazer", filosofa. "O divino, a consciência, seja qual for o nome, não sabe o que é prazer e dor. Ele não sabe o que é parte e o que é todo, então ele encarna, cria para ele esse invólucro. A nossa obrigação como divindade encarnada é nos dá prazer. Nos armarmos, nos reconhecermos, essa é a ideia do livro", defende. A vida é foda Lançamento do livro A vida é foda. Então, foda-se (Lilith e o prazer da transgressão). R Editora 104 páginas. R$ 35.

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