postado em 06/11/2009 07:40
Rodrigo Maranhão só tocou em Brasília uma vez, pelo Projeto Pixinguinha, com seu grupo, o Bangalafumenga. O primeiro show solo está marcado para amanhã, às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). ;Estou curioso para saber como vão aceitar minha música. Porque a gente vai sempre pra frente, conhecendo público novo, mas fica apreensivo, né? É um eterno frio na barriga;, diz o cantor e compositor carioca de 39 anos, uma das boas atrações do projeto Pode Apostar, que começou na semana passada e segue até o dia 15.O rapaz é modesto. Toca violão e cavaquinho, mas diz que não toca nada direito, defende muito bem suas músicas, mas não se considera cantor. Bom, ele se apresenta como compositor. E se acha meio metido por isso. Mas é um dos melhores e mais requisitados compositores da nova geração da MPB ; interpretado por nomes como Maria Rita, Roberta Sá, Zélia Duncan e Fernanda Abreu. Levou até um Grammy de melhor canção por Caminho das águas e o Prêmio Tim 2008 de revelação e cantor regional pelo álbum de estreia, Bordado.
Acompanhado por Marcelo Caldi (acordeom), Nando Duarte (violão 7 cordas) e Pretinho da Serrinha (percussão), Rodrigo mostra no CCBB os xotes, cirandas, sambas, baiões, aboios e milongas de Bordado e algumas novidades do disco que está terminando, por enquanto batizado de Samba quadrado, com lançamento previsto para janeiro. ;Todas as músicas são minhas. Porque não sou cantor, né? Até já pensei em gravar uma ou outra de alguém, mas o barato é gravar as minhas;, comenta.
Rodrigo sempre gostou de escrever. Com 15 anos, quando começou a tocar violão, quis juntar as duas coisas, fazer música e letra. ;Tenho alguns parceiros, geralmente letristas, mas isso é esporádico. Gosto de trabalhar sozinho mesmo.; E nem acha engraçado ser chamado de revelação aos 39 anos, com 15 de carreira e já um pouco grisalho. ;Compositor demora para amadurecer, é normal;, diz, sossegado como ele só.
Rodrigo Maranhão
O cantor e compositor carioca faz show amanhã, às 21h, pelo projeto Pode Apostar, no Centro Cultural Banco do Brasil (SCES Tc. 2 Lt. 22; 3310-7087). Ingressos: R$ 15 e R$ 7,50 (meia). Classificação indicativa livre.