Diversão e Arte

Com a irreverência de sempre, Rita Lee comemora 40 anos de carreira em show nesta sexta na cidade

Irlam Rocha Lima
postado em 11/12/2009 07:05
A Rita Lee que veio a Brasília no final da década de 1960 com a banda Tutti Frutti para apresentação no ginásio de esportes do Colégio Marista, na L2 Sul, é bem diferente da mamma do rock brasileiro que comemora 40 anos de carreira com a turnê do CD e DVD Multishow ao vivo. Da flauta doce do começo da trajetória, ao lado de Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, no Mutantes, ao theremim de hoje, ela tornou-se um mito. Intíma "desse tal de rock 'n' roll, entrou para a história da música popular brasileira como grande criadora e intérprete de canções dançantes, em que leva a temática das relações amorosas às últimas consequências e sempre chutando o pau da barraca da mesmice. É assim em seus registros fonográficos e mais ainda nas perfomances ao vivo, em shows nos quais, com propriedade e ironia, costuma fustigar políticos presentes na mídia pelos desamandos e irregularidades cometidos. Desde a época dos Mutantes, Rita Lee, agora avó, ainda curte esse tal de rock'n'roll De volta à cidade, Rita ocupa o palco do Auditório Máster do Centro de Convenções Ulysses Guimarães com o espetáculo da turnê que estreou em maio no Vivo Rio (Rio de Janeiro) e depois passou por cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí. Em sua companhia, está a banda que tem, entre os integrantes, o marido e guitarrista Roberto Carvalho, e o filho, também guitarrista, Beto Lee. No roteiro do show, clássicos infalíveis como Ovelha negra, Doce vampiro, Mutante, Saúde, Cor de rosa choque, Flagra e Lança perfume se juntam à releitura da cantora para Vingativa (antigo sucesso das Frenéticas), à inédita Se manca, à homenagem aos companheiros tropicalistas com Baby (com citação de outras músicas de Caetano Veloso e Gilberto Gil), e à versão do clássico dos Beatles, de autoria de John Lennon e Paul McCartney, I want to hold your hand, que virou uma paródia forrozeira, sob o título O bode e a cabra. Multishow ao Vivo Show de Rita Lee e banda, amanhã, às 22h30, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos: VIP R$ 200 e R$ 100 (meia); VIP lateral R$ 180 e R$ 90 (meia); especial R$ 160 e R$ 80 (meia) e superior R$ 120 e R$ 60 (meia). Meia-entrada na compra de um Apae Noel (R$ 5). Desconto de 50% com o cupom Sempre Você. Ponto de venda: G1 do Brasília Shopping. Não recomendado para menores de 16 anos. Informações: 3037-8080. » Três perguntas // Rita Lee Com 40 anos de estrada, fazer turnê, subir ao palco e cantar para grandes plateias ainda lhe dá prazer? Sou uma pessoa privilegiada por trabalhar com música há tanto tempo e sobreviver dela. O meu prazer é dar prazer a quem vai me assistir. No show você homenageia os colegas tropicalistas com Baby. Tem saudades da década de 1960? Não sou saudosista, gosto do que é bom, e Baby é uma música genial. Embora tenha gravado O bode e a cabra no disco em homenagem aos Beatles, não podia cantá-la em shows. Foi demorada a negociação para liberá-la? Putz, durou oito anos até a japa (Yoko Ono) dar o seu ok. Nem por isso comecei a gostar dela.

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