postado em 15/12/2009 13:17
Um dia, Ivete Sangalo foi assistir à peça Curtas, com Samantha Schmütz, e ficou encantada com Marina, personagem infantil que a humorista interpreta no espetáculo teatral. Sugeriu, então, que ela levasse a menininha para a TV. A baiana acertou em cheio!
Há um mês, o público ganhou mais um motivo para rir nas noites de sábado. E não só com Marina. No quadro Vamos brincar de quê?, a garotinha tem a companhia dos também pequeninos Gabriel (Wagner Trindade), Soluço (Marcos Veras) e Caroline (Katiúscia Canoro) em suas travessuras. Coincidentemente, todos os atores tinham um personagem criança em suas peças.
"Nós juntamos as forças e apresentamos a ideia para o Sherman (Maurício Sherman, diretor), que adorou", conta Samantha, que deixou a imagem de Juninho Play descansando por um tempo: "Se ele voltar, será com nova roupagem".
Katiúscia, no entanto, acumula a nova Caroline e a badalada Lady Kate no humorístico: "Ela ainda tem muito fôlego, é uma personagem rica, viva. Caroline também vai ser assim, aposto. Há inúmeras situações engraçadas que podem ser abordadas com crianças." Marcos Veras também divide seu talento no Zorra entre o novato Soluço e o afeminado Frescone: "Quase ninguém me reconhece como o ator por trás dos dois. O Soluço usa peruca, boné e ainda tem pintinhas no rosto".
A grande novidade no elenco é mesmo Wagner Trindade. Revelado para o grande público num concurso de humoristas do Domingão do Faustão, o parceiro de Dig Dutra (a Maria da Abadia) na peça Os pândegos faz sua estreia num quadro fixo do Zorra total: "Gabriel é o caçula daquela turminha que adora colocar os pais em saias justas. Criança é assim, muito verdadeira. Nas ruas, vivem me parando, pedindo para eu falar como ele. Aí eu só digo, envergonhado, 'pagla!', que é o 'para' dele com a língua presa, e todo mundo já cai na gargalhada".
Wagner Trindade (Gabriel)
"Quando criança, morava em Paracambi (RJ), numa rua asfaltada e com uma grande descida, onde todas as crianças gostavam de brincar com seus carrinhos de rolimã. Certa vez, teria um campeonato de corrida de carrinhos. Como meu pai trabalhava numa empresa de ônibus, pedi que construísse para mim um novo carrinho para que eu pudesse competir. No dia do campeonato, ele me entregou o carrinho, lindo, enorme... Parecia um ônibus de luxo! Fiquei tirando onda com todos por causa do meu carrinho novo. Conclusão: no fim da corrida, cheguei em último, pois o carrinho era tão grande e pesado que mal conseguia sair do lugar."
Marcos Veras (Soluço)
"Eu tinha uns 11 anos, quando fiz uma viagem de férias com um primo meu mais velho para o Ceará. Chegando lá, no terceiro dia de viagem, peguei uma gripe fortíssima, quase uma pneumonia. Como tenho família no Ceará, meus tios me encheram de cuidados, remédios, repouso, e nada de eu ficar bom. Preocupado, meu pai saiu do Rio e foi até lá me buscar. Quando ele chegou me levou para andar a cavalo, tomar banho de mar, tomar sorvete... Aí fiquei bom! Acho que era saudade dele. Isso eu não esqueci nunca"
Katiúscia Canoro (Caroline)
"Vi o filme da Mary Poppins, que voava com o guarda-chuva, e achei aquilo incrível. Subi no muro baixo do meu prédio, abri um guarda-chuva e dei um pulinho. Percebi que, com o impulso do vento, eu realmente poderia voar, mas teria que ser de um lugar mais alto. Liguei para minha amiga, que morava no prédio num andar bem lá em cima. Ela topou pular comigo, mas antes me encontrou na portaria com outro guarda-chuva. Antes de subirmos, o porteiro, seu Orlando, perguntou o que íamos fazer. Quando contamos a história, ele ficou desesperado e não nos deixou ir. Se estou viva, é graças a ele! Valeu, seu Orlando" (risos)
Samantha Schmütz (Marina)
"Quando eu era pequena, dormi um dia na casa de uma tia-avó. No meio da noite, ela veio me dar uma mamadeira, mas estava sonolenta e a deixou do meu lado. Eu não sabia tomar direito e me sujei toda. Quando acordei, estava cheia de picada de formiga! Foi terrível! (risos)."