postado em 13/01/2010 08:22
A Associação Nacional do Livro (ANL), entidade sem fins lucrativos que agrega 67% do mercado de livrarias do país, divulgou ontem levantamento anual, que aponta o crescimento de 9,73% da economia do setor de 2009 em comparação a 2008. Índice um pouco abaixo da previsão de 11,89%. "Era uma expectativa. Ela poderia ser alcançada ou não. Sem dúvida, é um reflexo macroeconômico. O Brasil não foi tão afetado pela crise mundial como nos outros países. Mesmo assim, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu pouquinho. Daí, o crescimento ser menor também", analisa o presidente da ANL, Vitor Tavares.
Segundo ele, o desempenho das livrarias no Brasil é considerado bom graças a um mercado editorial que, apesar das dificuldades, mantém-se rico e variado. Os livreiros também sabem balancear o estoque entre best-sellers e livros especializados. Porém, a versatilidade dos vendedores é maior nas grandes capitais do país e não reflete a realidade de boa parte das livrarias localizadas em cidades de médio e pequeno porte.
A concorrência é desleal principalmente quando o assunto é a venda de livros pela internet. Trinta por cento dos filiados à entidade responderam ainda não ter condições de vender seus produtos online. "Uma coisa é montar o site da empresa contendo a missão, os princípios e endereço. Outra bem diferente é usar uma ferramenta e-commerce (a que permite pagamentos com cartões de crédito, geração de boletos bancários e etc.). Para se fazer vendas pela rede, é necessário que a livraria esteja com o estoque todo informatizado. Requer ainda profissionalismo na venda. Infelizmente boa parte dos livreiros de cidades médias não pode bancar os custos dessa ferramenta", analisa Tavares.
O presidente destaca uma boa notícia do levantamento: o aumento da venda de livros infantis e infanto-juvenis. A categoria teve a maior fatia das vendas em 2009, correspondente a 33% do total. A porcentagem representa mais de 100 mil exemplares vendidos durante o ano todo. O campeão é a trilogia Crepúsculo, de Sthephenie Meyer. Já no universo adulto, o drama A cabana, de William P. Young, ajudou a engrossar as estatísticas das ficções mais vendidas.
Mais vendidos
1º - Infanto-juvenil
2º - Ficção
3º - Ciências humanas e sociais
4º - Não-ficção
5º - Religião