Diversão e Arte

Beyoncé leva seis troféus, mas a revelação country Taylor Swift surpreende

Swift fatura o prêmio de álbum do ano na 52ª cerimônia do Grammy, em noite marcada por homenagem a Michael Jackson

postado em 02/02/2010 08:39
No grande momento da premiação, Paris e Prince Michael (os dois ao centro) receberam prêmio especial para Michael Jackson: Era para ter sido a noite de Beyoncé e Taylor Swift. Mas duas crianças, sem experiência alguma nas paradas de música pop, roubaram o espetáculo na 52ª cerimônia do Grammy. Prince Michael, de 12 anos, e Paris, de 11 anos, comoveram os convidados ao receber um prêmio especial em homenagem ao pai, Michael Jackson. O rei do pop, morto em junho de 2009, foi homenageado por um coro de celebridades formado por Celine Dion, Usher, Smokey Robinson, Carrie Underwood e Jennifer Hudson, que interpretou o hit Earth song, de 1995. "Em todas as músicas que ele escreveu, a mensagem era simples: amor. Nós vamos ajudar a transmitir essa lição para o mundo", prometeu o menino. "Era para você estar aqui nesta noite. Te amamos, papai", completou a filha. O tributo, acompanhado de projeção em 3D de um clipe inédito (exibido em parte no documentário This is it), resumiu o espírito de uma festa que, como que para compensar uma desafinada lista de indicados, apostou na performance de astros do show business. A premiação será mais lembrada pelos shows de Lady Gaga (com Elton John), Beyoncé e Pink (em atuação acrobática, à Cirque du Soleil) do que, por exemplo, pela vitória do Kings of Leon, que faturou o cobiçado troféu de melhor gravação do ano (com Use somebody). O anúncio do Grammy de melhor disco soou como um anticlímax: ficou com Taylor Swift, por Fearless. A musa teen, com apenas 20 aninhos, provocou alguma surpresa ao superar os megassucessos I am%u2026 Sasha Fierce, de Beyoncé, The E.N.D., do Black Eyed Peas, e The fame, de Lady Gaga. Mas só fez confirmar a preferência da indústria por fenômenos pop empenhados na reciclagem de gêneros tradicionais. No caso, Swift também levou o Grammy de álbum country. "Vocês não sabem o que isso significa para mim. Minha família deve estar enlouquecendo diante da tevê", festejou a cantora, que recebeu quatro gramofones dourados e selou uma celebração feminina que começou às 23h de domingo e terminou às 2h30 de ontem (horários de Brasília). [SAIBAMAIS]A concorrente Beyoncé, ainda que ofuscada no principal momento da noite, bateu um recorde: saiu do Staples Center, em Los Angeles, com seis troféus, o maior número de prêmios Grammy já conquistados por uma mulher. Entre eles, defendeu a "canção do ano", Single ladies (Put a ring on it), e destacou-se com a melhor performance pop feminina de 2009, por Halo. A estrela do rhythm & blues, que se apresenta nesta semana no Brasil (Rio de Janeiro, Florianópolis, São Paulo e Salvador), agradeceu ao marido, o rapper Jay-Z, que a aplaudiu de pé logo que ela subiu no palco para interpretar um medley com If I were a boy e You oughta know (de Alanis Morissette). Dividido entre a loura e a morena, o Grammy pulverizou os outros indicados nas 107 categorias contempladas pela cerimônia. Black Eyed Peas e Jay-Z ficaram com três prêmios cada. O reinado entre os álbuns de rock sobrou para o Green Day, com 21st century breakdown, que deixou U2 e AC/DC na poeira. Os franceses do Phoenix ficaram com o cetro dos "alternativos", com Wolfgang Amadeus Phoenix. Nas pistas, Lady Gaga superou Madonna entre os compactos de dance music, com Poker face. O Brasil, no entanto, viu o show da arquibancada. Com Tide, Luciana Souza perdeu o Grammy de melhor álbum de jazz com vocal para Kurt Elling.

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