Diversão e Arte

Quinteto Zé da Guiomar mistura canções de mestres com composições autorais em série de quatro shows

postado em 03/02/2010 08:12
O quinteto Zé da Guiomar foi alvo de piadas durante muito tempo. O motivo era a estranheza em ter um grupo de samba de raiz nascido em Minas Gerais. Ao longo dos 10 anos de carreira, porém, o preconceito foi combatido com a qualidade musical. "Hoje, está morrendo um pouco essa história de túmulo do samba. O samba é feito em qualquer lugar", afirma o vocalista e violonista Márcio Souza. "Nós temos influências de bossa nova, choro, blues e Clube da Esquina. Essa mistura deu um tempero diferente do samba do Rio de Janeiro", acredita o sambista. Integram ainda o grupo Valdênio (cavaquinho e voz), Renato Carvalho (sax e percussão), Totove (surdo e percussão) e Analu (pandeiro e percussão). Todos com formações musicais diversas. Zé da Guiomar apresenta-se hoje e amanhã, na Caixa Cultural, e sexta e sábado, no Feitiço MineiroNo começo, o quinteto era especializado em versões de clássicos dos mestres Noel Rosa, Ary Barroso, Nelson Cavaquinho e Paulinho da Viola. Feito no ponto para agradar a fãs do gênero ganhou popularidade em Belo Horizonte e conquistou visibilidade pelo resto do país. Uma seleção de músicas, como É preciso perdoar (Alcyvando Luz e Carlos Coqueiro), Maracatu atômico (Jorge Mautner e Nelson Jacobina) e Samba de uma nota só (Tom Jobim), foi gravada e integra o disco, que leva o nome do grupo, lançado em 2005. O repertório consagrado será parte do show que o grupo traz a Brasília, hoje e amanhã, às 20h, na Caixa Cultural (SBS), e na sexta e sábado, às 22h, no Feitiço Mineiro (306 N). "Estávamos indo muito bem como intérpretes, mas decidimos enveredar pelo lado das composições originais. Daí, fizemos um segundo álbum com nossas composições e algumas regravações. A gente vê uma certa resistência a composições próprias. É mais fácil a plateia se identificar com as músicas que já são conhecidas. Acho que quando o sambista vai fazer o show, quer tirar o público do chão, fazer dançar, o trabalho autoral é mais difícil colocar, mas as pessoas se acostumam", explica Márcio. O CD de 2008, O samba tá, será executado nas apresentações aqui em Brasília. O SAMBA TÁ Show do grupo Zé da Guiomar. Hoje e amanhã, às 20h, na Caixa Cultural Brasília (SBS, Q. 4, Lt. 3/4, anexo do Edifício Matriz da Caixa Econômica Federal). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, empregados da Caixa). Classificação indicativa livre. Sexta e sábado, às 22h, no Feitiço Mineiro (306 Norte, Bl. B, Ljs. 45 a 51; 3272-3032). Couvert: R$ 20. Não recomendado para menores de 18 anos.

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