Diversão e Arte

Outros novos nomes da literatura infanto juvenil brasiliense também buscam se consolidar num mercado que cresce e absorve novas linguagens e nuances

Nahima Maciel
postado em 12/02/2010 08:28
Íris Borges entre seus pequenos leitores: Verdade com magia A experiência da paternidade levou Alexandre Lobão em direção à literatura infanto-juvenil. Foi para a filha que ele criou A verdadeira história de Papai Noel, narrativa publicada em 2008 com a qual procurava responder à dúvida da menina sobre a real existência do velhinho. "Inventei uma história e gostei. Depois escrevi dois outros livros usando a mesma experiência de pai." No ano passado foi a vez de Uhuru, a ficção histórica sobre escravidão e liberdade. Formado em ciência da computação e funcionário do Banco Central, Lobão escreve desde 1982, mas concentra suas histórias no universo adulto e juvenil. A incursão na literatura infantil veio com a necessidade de contar histórias para os filhos. Formação Depois de publicar quatro romances, Rosângela Rocha quis mudar o leme da própria escrita e decidiu investir na literatura infanto juvenil. Em 2008, A festa de Tati trouxe a história de uma menina com necessidades especiais. Rosângela queria levar as crianças a refletir sobre as diferenças, tema recorrente na literatura concebida para o público infantil. No ano passado, a autora resolveu visitar temas históricos com Dias de santos e heróis. Em 19 poemas, Rosângela conta a origem de certas datas cívicas e heróis brasileiros. "Gostei muito e acho que não paro mais de escrever para criança", garante. "Sempre tive uma inquietação (com literatura infanto juvenil) e tem horas que a gente fica desanimado. É muito importante a formação do leitor e sempre tive vontade de experimentar escrever para criança." Professora aposentada da Faculdade de Comunicação da UnB, Rosângela agora espera que alguma editora se interesse pelos outros quatro textos infanto juvenis concebidos no último ano. No mundo dos livros [SAIBAMAIS]Íris Borges nunca pensou em escrever para crianças. Há mais de três décadas se dedica à promoção do livro e da leitura em Brasília. Já esteve à frente da Feira do Livro, presidiu a Câmara do Livro do Distrito Federal e fundou a Casa de Autores. Mas um amigo editor lançou a provocação e Íris aceitou. A série Eu amo%u2026 começou a ser publicada no ano passado e virou uma homenagem ao mundo do livro. "É uma declaração de amor", revela a autora. "Sempre quis escrever livros sobre livros." Em cinco volumes, a autora conta o processo de produção do livro desde a criação da narrativa até a publicação. Eu amo escritores, Eu amo ilustradores, Eu amo editoras, Eu amo bibliotecas e Eu amo livros conduz o leitor por esse universo. Este ano, Íris ainda lança Rosa morena, texto ilustrado por Jô Oliveira sobre uma menina que adora viver e está sempre alegre.

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