Agência France-Presse
postado em 02/03/2010 15:44
Sete anos depois de Michael Moore ser vaiado no palco do Oscar por expressar sua indignação contra a guerra no Iraque, um filme sobre o mesmo conflito surge como sério candidato a arrebatar, no próximo domingo, o prêmio mais cobiçado da Academia.A menos de uma semana para a 82; cerimônia de entrega do Oscar, no teatro Kodak de Hollywood, "Guerra ao Terror" (The Hurt Locher), ;thriller; de Kathryn Bigelow, parece contar com a unanimidade da Academia para sagrar-se o melhor filme de 2009.
Se o prognóstico se confirmar, será uma reviravolta significativa para os longa-metragens dedicados às guerras no Iraque e no Afeganistão, que até agora têm sido um fracasso comercial e de crítica.
Uma série de filmes dedicados ao tema foram lançados nos últimos anos, como "Leões e Cordeiros", de Robert Redford, "No Vale das Sombras", de Paul Haggis, e "Redacted", de Brian de Palma, os três de 2007, mas quase todos, sem exceção, foram um fracasso de bilheteria ou criticados abertamente.
Apesar disso, o sucesso de crítica e as premiações de "Guerra ao Terror" forçaram os analistas a rever o senso comum de que qualquer filme que trate de um conflito impopular está fadado ao fracasso. "O filme põe lupa sobre uma situação muito, muito difícil", disse Bigelow em entrevista recente, em Beverly Hills.
Bigelow também é a favorita para levar a estatueta de Melhor Direção, à qual também aspira seu ex-marido, James Cameron, de "Avatar".