A cantora americana Erykah Badu, uma respeitada intérprete de rythm and blues, causou polêmica nos Estados Unidos ao lançar o vídeo de sua nova música "Window Seat", onde, em uma só tomada, ela tira a roupa até chegar ao local onde assassinaram o presidente John F. Kennedy, em Dallas.
O vídeo de "Window Seat", de 5 minutos e 35 segundos de duração, começa com Badu saindo de um carro para depois caminhar pela rua em plena luz do dia, sob olhares de trabalhadores e famílias inteiras, que assistem à cantora tirar a roupa até chegar completamente nua ao local onde em 1963 Kennedy foi assassinato, na cidade de Dallas, no Texas.
Erykah Badu nasceu nessa cidade, em fevereiro de 1971.
A canção "Window Seat", uma das mais escutadas nos últimos dias segundo as listas de rythm and blues, é o single promocional do disco "New Amerykah Part Two: Return of the Ankh", lançado no mercado em 17 de março e que está sendo promovido em seu site www.erykahbadu.com, no YouTube e em sua página no Twitter.
Badu explicou pelo Twitter que seu vídeo é uma declaração contra o "pensamento de grupo" e as "regras não escritas", ao se referir a uma teoria da psicologia social.
Ainda que na filmagem realizada em uma só tomada, sem cortes, podemos ver Badu bastante tranquila tirando a roupa na rua, a cantora explicou que estava tão preocupada com a possibilidade de os policiais aparecerem que a vergonha passou para segundo plano.
"Estava concentrada durante a filmagem desse vídeo, e fazê-lo me permitiu vencer os temores e lentamente domá-los. Estava muito preocupada com os policiais para ter vergonha da minha nudez."
"De certa forma, sempre estive nua em minhas palavras e atos. Essa é a verdadeira vulnerabilidade", disse no Twitter.
A artista vencedora dos Grammy em 1997 graças à música "On & on" também contou que as pessoas nas ruas gritavam: "este é um lugar público. Deveria se envergonhar" ou "coloque a roupa".
O jornal Dallas Morning News informou que os funcionários da cidade afirmaram que a cantora violou a lei porque não tinha permissão para a filmagem, mas a polícia descartou acusar Badu por atentado ao pudor, segundo a imprensa local.