postado em 10/04/2010 12:46
A notícia da morte de Malcolm McLaren, ex-empresário de bandas como Sex Pistols e New York Dolls, dissipou as polêmicas que sempre cercaram o produtor britânico, ex-empresário de bandas como Sex Pistols e New York Dolls. Até antigos desafetos como John Lydon, vocalista dos Pistols, prestaram homenagens a um dos principais mentores do movimento punk. "Acima de tudo, ele era um entertainer. Ele merece ser lembrado dessa forma. Vou sentir saudade", comentou Lydon, que, nos anos 1980, travou uma longa batalha judicial com McLaren pelos direitos de um repertório que inclui hinos rebeldes como God save the queen e Anarchy in the U.K.
Diferentemente da informação divulgada na tarde de quinta-feira pelo porta-voz do artista, Les Molloy, o produtor morreu em um hospital suíço, aos 64 anos, acompanhado da namorada Young Kim e do filho Joe Corre. Desde outubro, enfrentava um câncer nas membranas que revestem o pulmão e o abdômen. "Tudo o que ele fez foram expressões de sua arte: a loja em King's Road (Londres), a moda, a música, as bandas que dirigiu. Foi um grande artista que mudou o mundo", afirmou Kim, 38 anos. O casal estava junto havia 12 anos. Segundo ela, McLaren optou por manter discrição sobre a doença. Em fevereiro, viajou a Nova York para lançar um livro de arte. Pouco depois, retornou à Suíça para tratamento.
[SAIBAMAIS]A designer de moda Vivienne Westwood lembrou o tempo em que abriu com McLaren a loja de roupas Let it Rock (mais tarde, renomeada Sex), um dos símbolos do punk setentista. "Quando éramos jovens, me apaixonei por Malcolm. Ele era uma pessoa muito carismática, especial e talentosa. Eu o achava muito bonito e ainda acho. A notícia é extremamente triste", comentou a ex-namorada, 69 anos. Até o fim de 2009, o músico (e eterno provocador) mantinha proximidade com a cultura pop que ajudou a criar. Participou de reality shows, desenvolveu projetos de artes visuais e produziu o longa-metragem Nação fast food (2006), de Richard Linklater.