Diversão e Arte

Brasília é referência em mostra que homenageia os 50 anos da capital

A partir de amanhã, no Teatro Nacional, artistas expõem obras em que a diversidade de olhares é o fio condutor

postado em 14/04/2010 09:00
Isabela Francisco completa 50 anos junto com Brasília. Não é pura coincidência. A artista plástica, vizinha de porta de Oscar Niemeyer, teve o aval do arquiteto, que aprovou a sua criação. A partir de amanhã, ela apresenta sua obra no foyer do Teatro Nacional Claudio Santoro. ;Doutor Oscar escreveu sobre os meus trabalhos brancos, fiz as curvas e retas de Brasília em branco em homenagem a ele. Sempre que faço uma exposição fora do Rio, gosto de levar o Rio para onde eu for. As duas cidades têm muito a ver;, diz Isabela. Além da individual de Isabela Francisco, a Secretaria de Cultura do DF, em parceria com a Academia Brasileira de Arte Cultura e História, inaugura amanhã exposição que reúne artistas pioneiros da cidade para comemorar o aniversário de 50 anos da capital. No mezanino da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional Claudio Santoro, um conjunto de nomes selecionados pela curadora Flavita Obino vai contar a história de Brasília por meio de obras de arte ora figurativas e muito explícitas, ora bastante subjetivas. É nessas diferenças que está a diversidade buscada por Flavita quando começou a idealizar a mostra com ajuda de Jiselda Oliveira, responsável pela coordenação do evento. Flavita saiu a vasculhar os acervos particulares do Distrito Federal para encontrar obras que fizessem referência à cidade e tivessem qualidade para figurar na mostra. ;Algumas já existiam e estão sendo pescadas pelo meu olho. Nem todas são inéditas. Há pintura, foto, escultura, encáustica e acrílica. Todas fazem referência a Brasília;, avisa a curadora, que aproveitou a seleção realizada para uma homenagem aos artistas pioneiros, em cartaz na Casa Thomas Jefferson. ;Alguns artistas são os mesmos.; Brasília serve de referência para todas as obras escolhidas por Flavita. Como a intenção era homenagear a cidade, Brasília também precisava aparecer nos trabalhos. Em alguns, está retratada com traços claros, em outras é apenas uma citação. No trabalho de Malu Perlingeiro ; uma pintura intitulada Athos por Athos concebida com diversas tonalidades de azuis e em formato que lembra os azulejos ;, o artista que mais colaborou com os arquitetos da cidade ganha homenagem especial. Na paisagem de Angélica Bittencourt, pode-se perceber a capital em meio a sucessão de chuviscos. ;Algumas vezes tenho que usar de muita criatividade para descobrir Brasília. Por exemplo, vieram pessoas que conheço que têm uma pintura orgânica. Elas recolhem o pó das plantas e folhas para fazer o trabalho, como a Terezinha Mazei, que é de um refinamento fora de série;, destaca Flavita. ;Algumas lembram coisas surrealistas, expressionistas e trazem a loucura da cor das cidades do DF, como Socorro Mota, que tem um trabalho engraçado.; A CARA DE BRASÍLIA Abertura amanhã, às 19h, no Teatro Nacional Claudio Santoro. Visitação até 30 de abril, de segunda a sexta, das 11h às 21h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 20h. <--
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