postado em 16/04/2010 08:27
A Associação Cultural Claudio Santoro, instituição civil sem fins lucrativos que promove o Seminário Internacional de Dança de Brasília, não ocupa mais as salas do Centro de Dança do Distrito Federal. Apesar de ter uma sede própria, desde 1994, a associação utiliza o espaço durante a semana do festival. Após anos de polêmica, na última quarta-feira, servidores da Secretaria de Cultura do DF foram até o local, trocaram as fechaduras e retiraram os objetos pertencentes à associação presidida por Gisèle Santoro.
Ela confirma que realmente ocupa algumas salas do prédio desde 1994 e que nunca foi firmado um convênio entre o GDF e a associação, apesar de, segundo Gisèle, issto ter sempre sido aceito por todos os governos locais. "Nós temos uma sede. A gente só precisa do centro na época do seminário de dança. Sempre utilizamos a infraestrutura do lugar e isso foi aceito por todos os governos. Mas a maneira como aconteceu agora, foi um desrespeito", reclama. "Para fazer essa retirada, é necessário um mandado judicial. Meu advogado vai recorrer. É uma vergonha o trabalho que a gente faz e vem fazendo ao longo destses anos pela cidade, e ser tratado dessa maneira", reclamou.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura, Gisèle Santoro estava ciente da situação irregular e já havia sido notificada cinco vezes para deixar voluntariamente o prédio. Como em nenhuma das ocasiões isso ocorreu, os funcionários da secretaria, amparados pela Procuradoria do GDF, foram até o centro e retiraram todos os objetos. A assessoria de imprensa do órgão também informou que a Procuradoria vai pedir ressarcimento por todos esse anos em que Gisèle Santoro ocupou irregularmente o prédio.