Diversão e Arte

Leia os poemas enviados pelos internautas

postado em 20/04/2010 10:33

Brasília

As flores do cerrado estão aqui,

Amores e estrelas vão surgir,

E o horizonte mais bonito,

Remonta o cenário mais lindo,

No céu em chamas, avisto o pôr do sol,

O mais azul do céu está aqui,

E o canto sabiá pode se ouvir,

Desenhos de concreto,

Misturam com o deserto,

E o verde a decorar o avião,

Um grande lago ajuda a não secar,

Tem frio e calor sem avisar,

Mas vem a primavera,

Das flores, as mais belas,

A desenhar canteiros e canções,

As vozes dos senhores estão aqui,

Ecoam nos palácios do poder,

E a plataforma da ilusão,

Recicla milhares de cidadãos,

Remontam o sonho do salvador,

Os astros e os satélites estão aqui,

Misturam com a lua a surgir,

Escuto uma canção no rádio,

Assusto com aquele raio,

Parece que vai chover...

Os porões do rock estão aqui,

Relatos e histórias da matriz,

Segredos e confissões,

Projetos e rebeliões,

E a mistura de todas as canções,

As caras do Brasil estão aqui,

Relatos dos heróis do meu país,

A jovem mais bonita e mais rara,

Mistura de poder e de raça,

Brasília meu lugar é mesmo aqui


Enviado pela leitora MARISSOL LEMOS



... meus olhos

não verão este planalto

verdejante.


...(adiós)...



... voarei

pelo céu solitário,

(azul)

[asa norte, asa sul]


...(adiós)...



...poeira vermelha..

o vento uiva

pelos teus eixos;

d;onde jardins

de ipês amarelos

se curvam suspensos.


...(adiós)...


... para os palácios

que herdaram do tempo:

a espera..

vou para os montes de Minas.


...(adiós)...



..


...(adiós)...



[BRASILIA]



(... tu és um jardim suspenso.. um aeroplano imenso..

quase um templo.. és Divina.. és tu Brasília)



[ quem não te ama, não me engana.)


Enviado pelo leitor Élsio Soares

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Por muitos anos a principal justificativa para tantas bandas de rock originárias de Brasília era a falta do que fazer. Nos final dos anos 70, a recém construída capital ainda deixava muito a desejar para os jovens que lá se viam obrigados a morar. Já diz o ditado que ;mente parada é oficina do cão;. Neste caso, um cão ;roquenrôu;, que inspirou talentos e fez brotar do concreto um novo estilo de música: o Rock Brasília.

Desdenhado por muitos, o som que vinha daquele imenso canteiro de obras começou a incomodar. À medida que os acordes vazavam das paredes do Brasília Rádio Center ou da Colina, para outros cantos da cidade e regiões do Brasil, o isolamento era quebrado e resultava em música. Música de qualidade, politizada, inteligente, criativa. Legião Urbana, Plebe Rude, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Finis Africae, Detrito Federal, são os grandes responsáveis pelo rótulo capital do rock. Mais recentemente Raimundos, Rumbora, Maskavo, Móveis Coloniais de Acaju continuam justificando o título.

A cidade que separou o joio do trigo, o setor de oficinas do setor hospitalar, o setor hoteleiro do setor comercial e os prédios das casas, conseguiu, ao mesmo tempo, unificar emoções. Em alguns anos, o rock, mesmo com todo seu engajamento, seria muito pouco para a nova Capital, agora Capital da Música. GOG, Natiruts, DFC, Câmbio Negro, BSB-BH, KiKo Peres, InNatura, Jah Live e tantos outros fazem jus a uma inspiração que vai muito além da falta do que fazer. Aliás, a falta do que fazer ficou para trás, mas a força do rock candango continua ainda mais viva.

Na capital onde o céu e o cerrado se fundem ao cimento, a falta de esquinas e do mar continuarão inspirando gerações e nos brindando com música e poesia.

Enviado pelo leitor Carlos Sant;Anna

Brasília, tão minha

E eu te emprestando prá tantos...

Brasília, tão minha...

Minha de nascer junto...

Batizar com Padre Roque...

Minha com a Poeira...

Os tantos desfiles de 7 de Setembro...Uniforme de escola...

Você linda...

Menina como eu...

Bandeirinha verde e amarela pra ver a Rainha Passar

Brasília da Cidade Livre...dos pés Descalços,

tanto caco de vidro, tanto ;trupicao;

Brasília

Nós duas meninas...Crescendo...mudando...

Tão minha...E eu te emprestando prá tantos...

Dividindo seu Céu...Esse azul que julguei ser meu...

Brasília...

Tantos fatos...O Brasil passando aqui...a história sendo vivida...na pele

Anistia...Ampla...Geral...Irrestrita

O voto...Eu quero!! Tantos queriam!!

A cara pintada...de tantos...

A Chuva...A Bandeira abrigando tantos...

Brasília...tão minha...

Tão de tantos...Que caminham..Sem-Terra, Mulheres, Patrões, Meninos...

Que buscam a Esperança... dessa Terra da Esperança...

Bra sília, tão minha...

eu te entendo de tantos...

Menina de 50...como eu...

Tanto chão percorrido...Tanto a percorrer

Parabéns minha irmã...Parabéns minha Brasília

Te divido...Com todos...

É muito azul de Céu prá dividir,

é muito verde...muito ar...deio que respirem

e sintam que aqui é o melhor lugar do mundo prá viver...

Brasília, tão minha...

tão de tantos.

Enviado pela leitora Antonia da Silva Samir Ribeiro.

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Capital de muitos...

Vivacidade. Palavra sugestiva, de muitas conotações, caracteriza a célebre cidade de Brasília. Capital de todos, de muitos, e de nenhum. Cidade adorada, venerada, detestada e muito criticada. Brasília de muitos gostos, de muitos desgostos e de muita história. A Capital consolida a diversidade de sua madre, de seu Brasil, de fato, brasileiro.

No país de muitos povos, muitas raças, muitas cores, muitos amores, uma Capital foi erigida em seu seio. Mítica, ela nasceu de um sonho de um grande homem, recebeu formas de avião, para alguns, e de pássaro, para outros, numa metáfora à vontade de ter asas, de voar, de alçar novos rumos, novos horizontes à promissora nação.


Loucos sonharam, doidos planejaram, malucos realizaram. A loucura deu certo. No cimento que erguia a moderna arquitetura, mãos dos quatro cantos tocaram. Do sul, do Norte, do Nordeste, do Sudeste e, claro, do Centro-Oeste. O sonho, então, tomava forma, a loucura se concretizava. E a mistura estava feita! Mal sabiam que belo cartão postal aquilo que construíam iria virar. E quem imaginaria que vista magnífica o pôr-do-sol traria àquela cidade, que mal acabara de nascer?!

Brasília apresenta diversidade que não se resume a raça e etnia. Ela se apresenta também nos detalhes, no óbvio, no oculto, no âmago da nação. As formosas curvas, a ousada arquitetura, o design inovador, a urbanidade e a desenvolvida civilização compartilham o espaço com o ilustre verde das gramas, as tortuosas e secas árvores, o colorido dos bem cuidados jardins, imersos no vasto e inebriante céu de um azul puro e singelo. Um prato cheio aos amantes da fotografia. Brasília, de diversidade de clima. De sol e chuva, de calor e frio, num único dia. Brasília e seu cerrado, vasta fauna e flora.

Tanta beleza abriga a sede do Poder, o centro político do emergente país, que suja e fere continuamente a imagem da majestosa Capital, com os constantes escândalos políticos. Gera críticas e revoltas por grande parte da população. A Capital que tinha tudo para ser perfeita revela a frágil estrutura, trazendo consigo paradoxos, muitos. Instalada no centro do Distrito Federal, demonstra os contrastes socioeconômicos com cidades bem próximas, numa fiel metáfora do Brasil.

Retrato da Capital; quem poderá defini-lo?! Brasília é como o Brasil, complexo e diverso. De amor e ódio, de luxo e pobreza, de orgulho e vergonha, de vanguarda e de atrasos. Brasília, de multiplicidade, que acabara de tornar-se cinqüentenária. Resta-nos dizer: Viva a Cidade, Viva a Capital. Vivacidade!

Enviado pelo leito Davi de Castro

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