"Eu fico imaginando a surpresa de quem há mais de 50 anos foi convidado a vir para o planalto central e começá-la, Brasília. Olhar para um lado, olhar para o outro. Pensar. Olhar agora para lá de acolá e depois mais pra cá, pertinho daqui e nada. Pensar de novo e desistir de entender o que poderia brotar reto debaixo de tanta árvore torta. Como pensar o impensável traço? Só pode sair tudo enlameado, distante do real, ininteligível, por certo. Só poderia nascer incorreto por mais exato que alguém sonhasse. A história só mostra os heróis que se seguraram nas hipóteses, não aqueles que duvidaram dos levantes mágicos que apontavam e faziam crescer madeira e concreto do chão...mas que tinha muita gente duvidando, ah, isso tinha! Quantos se recusaram a vir? Quantos se recusaram a ficar? Quantos, enfim, se recusaram e pronto? Mas se nem estava pronto o que havia por vir?
Entretanto, o que me assombra é uma estranha sensação mística de que, apesar de ser menino, Brasília, somos contemporâneos, somos gêmeos, somos ligados pelo fio indissoluto da maternidade generosa e farta que une almas e que faz do tempo mero detalhe. Não estava aqui quando você nasceu, mas digo-lhe, sem medo de errar: já acreditava que o pó do pó se distanciaria, que faria das tortas árvores réguas de imaginação desenfreada para desenhar na sua arquitetura a coreografia intensa da modernidade que nos acolhe para sempre...
Ah, Brasília, deixe para lá aqueles que não acreditaram em você, que não souberam traduzir cada linha, cada contorno, cada metro quadrado de concreto, cada minuto que antecedeu sua lição de vida. Não tente imaginar se tentavam ou não imaginar algo por detrás do torto cerrado. Mas saiba, cidade amada, que eu já acreditava em você muito antes de acreditar em mim."
De Larri Lima, 36 anos, nascido em Brasília
Brasília pra sempre
Feito colibri que voa
E não quer pousar
Feito cerrado que enjoa
Das cinzas voltar
Volta sem revolta
E paranoa(r)
Asas pra que te quero...
Jeito imune de menina
Que sabe sonhar
Jeito doce que ensina
A vir sem voltar
Volta, o céu dá voltas
No mesmo lugar
Brasília, teu céu é um mistério...
Eu nem imagino
Outro canto no mundo
Que traga pra junto
Do meu coração
Magia e paixão
E como não poderia,
Se foi profecia
E hoje virou canção?
Brasília, o teu pôr do sol
É como um farol guiando a alegria
Eu tento entender o que quer dizer
Satélites brilhando de dia
Brasília, da torre eu olhei
E como amei feliz tua arquitetura
Traços de quem melhor que ninguém
Sonhou com uma estrela futura
"Sem que eu percebesse,
;Ta;" a dependência...
Quem nunca tentou ir embora de Brasília?
Quem não tentou que atire a primeira lágrima...
E se conseguiu, a lagrima rolou numa saudade
Daquelas covardes, pois é depois do costume por lá...
Mas eu não assinei contrato
Não prometi nada...
Nem disse que era pra sempre...
Mas era...
Brasília é pra sempre e muito mais...
É pra sempre sua arquitetura, seu céu das 6 da tarde,
É pra sempre sim...pena que não meu olho nem meu coração...%u201D
De Larri Lima, 36 anos, nascido em Brasília
BRASÍLIA
A TUA APARÊNCIA ME ESPANTA.
NO MEU ESPANTO, ME ACORDO.
O MEU DESPERTAR TE ENCANTA,
O TEU ENCANTO ME ATORDOA.
NO MEU ATORDOAMENTO, ME ENCONTRO.
NO MEU ENCONTRO, TE PERCO.
O TEU PASSADO FÊZ O MEU PRESENTE, O MEU PRESENTE FARÁ O TEU FUTURO.
ASSIM, VOCÊ ME FAZ. ASSIM, EU TE COMPREENDO.
DESSA FORMA, NOS COMPLETAMOS.
DE UMA FORMA, ASSIM DIFERENTE, NOS COMPREENDEMOS.
DESSA COMPREENSÃO, NASCEU A INDIFERENÇA.
DA INDIFERENÇA, A COMPREENSÃO.
DOS TEUS PRÉDIOS RETOS, VI AS CURVAS DA VIDA.
NAS CURVAS DA VIDA, COMPREENDI A INCERTEZA.
DAS TUAS FALTAS DE ESQUINAS, FIZ MINHA PRESENÇA.
DE MINHA PRESENÇA, SURGIU O MEU CANTO.
BRASÍLIA, MINHA BRASÍLIA.
POR: RICHARD ZOLTAN SEABRA REIS
EM 18/04/2010 %u2013 BRASÍLIA -DF
Sinto que sou jovem porém madura
Sinto que recebi muitos em meus braços
Sinto que alguma coisa deu errado
Olhando no espelho
Como me deixaram assim ?
Minhas ruas como veias em frangalhos
Meus temores refletem a insegurança e a violência
Meus tremores a saúde frágil e inconsequente
Meus esquecimentos a educação incipiente
Sinto que sinto tristeza pela pobreza
Sinto que sinto vergonha pelos maus exemplos
Os que se fartam dos recursos e não são poucos
O dinheiro dos meus bolsos para os gananciosos
Como posso comemorar meus 50 anos !
Sim,vou vencer... crescer e me recuperar
Eu mereço ! Preciso de ajuda !
Aceito os parabéns.
Júnio Gama
quemdiria26@gmail.com
Um dia estive em Brasília
Gostei muito de lá
Cidade Luz, maravilha
E as pessoas a cantar
Brasília, Brasília.
A Asa Sul e a Asa Norte
O Eixo Monumental
A Esplanada dos Ministérios
E a Catedral
Brasília, Brasília.
O tempo passa e você tão linda
Foi o destino que assim quiz
Ai que saudade ó Brasília
Capital do meu País
Brasília, Brasilia.
" Parabéns Brasília pelos seus 50 anos. Eu te amo !! "
Enviado por Jose Roque Pereira Favacho
A águia vê milhões de quadradinhos.
Estáticos, lado a lado. Infinitos blocos espalhados...
A águia enxerga uma cruz, ao relento, em meio ao nada.
Caminhos abertos, sementes lançadas.
Céus, campos, vidas que se cruzam. Eixos unidos
Levam e trazem histórias, farelos de passado.
Levam consigo anseios, medos, frustrações, expectativas,
A uma velocidade estupenda.
Sentimentos que afloram, dores que se curam.
Existências que vão e vêm,
Pessoas sempre de passagem,
Fins que irrompem, inícios que terminam.
Um rastro de JK, curvas de Lúcio Costa, Niemeyer.
Traços de Athos Bucão, Bianchetti e tantos outros
A águia vê algo surreal, onde tudo é monumental,
Tudo é arte, textura, imagem, movimento, mudança,
Onde a esperança é a chama da vida,
Onde os ventos arrastam o pó vermelho
E mancham de cultura o primeiro que passa.
A águia vê explosões de cores, formas, etnias, religiões,
Gente que se move, num fluxo frenético, na busca pelo novo,
O amanhã.
A águia avista além da modernidade,
Aspira a um celeiro de diferenças, misturas.
E tudo isso, sacolejando a cabeça da águia, faz do sonho um impulso.
1960. Faz-se a mola do país.
E a águia, nada mais do que toda a geração que construiu Brasília,
Celebra bodas de ouro.
E a história permanece, fermenta sonhos, alimenta destinos.
Brasília, para sempre, a capital da esperança.
De José Reis
Capital de muitos...
Vivacidade. Palavra sugestiva, de muitas conotações, caracteriza a célebre cidade de Brasília. Capital de todos, de muitos, e de nenhum. Cidade adorada, venerada, detestada e muito criticada. Brasília de muitos gostos, de muitos desgostos e de muita história. A Capital consolida a diversidade de sua madre, de seu Brasil, de fato, brasileiro.
No país de muitos povos, muitas raças, muitas cores, muitos amores, uma Capital foi erigida em seu seio. Mítica, ela nasceu de um sonho de um grande homem, recebeu formas de avião, para alguns, e de pássaro, para outros, numa metáfora à vontade de ter asas, de voar, de alçar novos rumos, novos horizontes à promissora nação.
Loucos sonharam, doidos planejaram, malucos realizaram. A loucura deu certo. No cimento que erguia a moderna arquitetura, mãos dos quatro cantos tocaram. Do sul, do Norte, do Nordeste, do Sudeste e, claro, do Centro-Oeste. O sonho, então, tomava forma, a loucura se concretizava. E a mistura estava feita! Mal sabiam que belo cartão postal aquilo que construíam iria virar. E quem imaginaria que vista magnífica o pôr-do-sol traria àquela cidade, que mal acabara de nascer?!
Brasília apresenta diversidade que não se resume a raça e etnia. Ela se apresenta também nos detalhes, no óbvio, no oculto, no âmago da nação. As formosas curvas, a ousada arquitetura, o design inovador, a urbanidade e a desenvolvida civilização compartilham o espaço com o ilustre verde das gramas, as tortuosas e secas árvores, o colorido dos bem cuidados jardins, imersos no vasto e inebriante céu de um azul puro e singelo. Um prato cheio aos amantes da fotografia. Brasília, de diversidade de clima. De sol e chuva, de calor e frio, num único dia. Brasília e seu cerrado, vasta fauna e flora.
Tanta beleza abriga a sede do Poder, o centro político do emergente país, que suja e fere continuamente a imagem da majestosa Capital, com os constantes escândalos políticos. Gera críticas e revoltas por grande parte da população. A Capital que tinha tudo para ser perfeita revela a frágil estrutura, trazendo consigo paradoxos, muitos. Instalada no centro do Distrito Federal, demonstra os contrastes socioeconômicos com cidades bem próximas, numa fiel metáfora do Brasil.
Retrato da Capital%u2026 quem poderá defini-lo?! Brasília é como o Brasil, complexo e diverso. De amor e ódio, de luxo e pobreza, de orgulho e vergonha, de vanguarda e de atrasos. Brasília, de multiplicidade, que acabara de tornar-se cinqüentenária. Resta-nos dizer: Viva a Cidade, Viva a Capital. Vivacidade!
Davi de Castro
"Brasília você é uma senhorinha que vale ser respeitada em em todos os sentidos" Parabéns a você!
Patrícia Castro
<-- .hmmessage P { margin:0px; padding:0px } body.hmmessage { font-size: 10pt; font-family:Verdana } -->Homenagem aos 50 anos de Brasília
Brasília, sonho visionário, a realidade no coração do Planalto Central
Brasília, nave mãe do cerrado, lar dos filhos de todos os rincões
Brasília, corpo de concreto, braços longos de asfalto, cabeça erguida, olhos no futuro
Brasília, sorriso aberto, franco, convite silencioso, mão generosa acenando do alto
Brasília, sem esquinas, sem becos, mas de curvas exóticas insinuantes a seduzir suas visitas
Brasília, cinquentona, ainda menina, com tantas responsabilidades...
Parabéns Brasília!
Que os teus filhos de hoje respeitem e honrem sempre os sacrifícios de teus idealizadores e construtores.
José M. B. Lima
Barreirinhas - MA
(Ex-morador de Brasília)