Dois projetos de longa-metragem assinados por diretores estreantes, desenvolvidos no mesmo período, com orçamento reduzido e carpintaria similar à teatral. Com esses predicados, Cru e Nove crônicas para um coração aos berros unem as cruzadas pessoais dos cineastas Jimi Figueiredo e Gustavo Galvão, ambos conhecidos na cidade pelas experiências em curtas-metragens que totalizam 13 obras.
;Estamos na linha do autêntico filme brasileiro independente;, observa Galvão, diante das empreitadas com as iniciativas pessoais que enfrentam as incertezas da finalização, uma vez que não há patrocínio prometido para as obras feitas com aparato digital. ;O Gustavo está rodando o filme dele numa situação muito parecida com a minha. Sou totalmente partidário da ideia de produzir com o que se tem, do jeito que é possível;, afirma Jimi, também conhecido como guitarrista da banda de rock Mata Hari.
Para Cru, Jimi Figueiredo conta com uma reserva inicial de R$ 20 mil, numa adaptação de peça assinada por Alexandre Ribondi que investiga os embriões da violência. O diretor, que nasceu na Paraíba e mora em Brasília desde os 7 anos de idade, ainda assina a trilha sonora de Nove crônicas para um coração aos berros. Com perspectivas de levantar R$ 250 mil para a fita, o brasiliense Galvão prevê um filme projetado no caráter múltiplo: 24 atores animarão o mosaico humano que circulará em ambientes que prometem ser definitivos para cada trama interligada.
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