Agência France-Presse
postado em 14/05/2010 11:13
Paris - O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido "Carlos, o chacal", criticou nesta sexta-feira o conteúdo do filme sobre sua vida que será exibido no Festival de Cannes porque contém "falsificações voluntárias e irrisórias".
"Li o roteiro e ele contém falsificações voluntárias e irrisórias", afirmou "Carlos" em entrevista por telefone à AFP na penitenciária de Poissy, onde cumpre pena de prisão perpétua.
"É uma manipulação, é uma mentira voluntária", insistiu, referindo-se ao filme que na próxima quarta-feira será exibido pela emissora francesa Canal e que será lançado no início de junho nos cinemas da França.
O terrorista Carlos Ilich Ramírez Sánchez, o Chacal, capturado em 1994, em Cartum, foi condendo a três penas de prisão perpétua pela justiça francesa pelo assassinato, em 1975, de dois policiais e um informante na capital francesa.
Em janeiro do mesmo ano, disparou no aeroporto parisiense de Orly contra um avião da companhia israelense El Al, sem atingi-lo.
Lenda do terrorismo internacional dos anos 70 e 80, Ilich Ramírez, nascido em Caracas, em 1949, era membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), esteve vinculado ao espectacular sequestro, em 1975, em Viena, de 11 ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).