Diversão e Arte

Editor francês Robert Laffont morre aos 93 anos

Agência France-Presse
postado em 19/05/2010 18:05
O editor Robert Laffont, um dos grandes editores franceses, morreu nesta quarta-feira (19/5) em Paris aos 93 anos, informou sua nora, a jornalista Alix Girod. Robert Laffont fundou sua empresa antes do final da Segunda Guerra mundial, em 1941. Considerado o avô do setor, havia editado mais de 10 mil títulos, entre eles numerosos best-sellers como "Exodus", "Paris brûle-t-il ?". Também criou coleções famosas como "Pavillons" e "Bouquins" junto a Guy Schoeller. Os franceses devem a ele a tradução de duas obras essenciais da literatura do pós-guerra: "O apanhador no campo de centeio", de J.D Salinger e "O deserto dos tártaros", de Dino Buzzati. Filho de um oficial da Marinha, Robert Laffont nasceu em 30 de novembro de 1916 em Marselha (Bouches-du-Rhône, sudeste), diplomando-se em direito e na Escola de Altos Estudos Comerciais (HEC); começou sem convicção a carreira de advogado, lançando-se no setor editorial aos 25 anos. Fundou sua Casa na cidade natal, então considerada zona livre (isto é, não ocupada pelos alemães), publicando "Édipo Rei" de Sófocles, seu primeiro título. O catálogo cresceu em seguida com Graham Greene, Henry James, John Le Carré, Steinbeck, Dino Buzzati, depois Bernard Clavel, Claude Michelet, Boulgakov, Alexander Soljenitsyn. Introduziu na França métodos inspirados nos Estados Unidos, como o estudo do mercado e o lançamento de best-sellers. Em 1977, ele comprou o "Quid". A editora Robert Laffont foi absorvida, em 1999, pela 'Presses de la Cité'. Em 2004, Robert Laffont aposentou-se, permanecendo, no entanto, como presidente de honra de sua Casa. Muitas editoras franceses acolhem, atualmente, homens e mulheres que ele formou.

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