Diversão e Arte

Moisés Alves se apresenta no Clube do Choro, evocando clássicos dos grandes mestres com muita improvisação

postado em 16/06/2010 07:00

Moisés Alves promete um show com uma miscelânia de ritmosCom pai trombonista, mãe cantora e irmão trompetista, o paraibano Moisés Alves não teria outro caminho a percorrer na vida do que a música. Desde criança, quando morava em Campina Grande(PB), onde nasceu, passou a se interessar pelas notas musicais e acabou sendo influenciado, principalmente, pelo irmão, Fernando Alves. ;Ele foi um presente de Deus no lar. Como tocava clássicos e canções populares no trompete, eu fiquei fascinado com aquilo e acabei escolhendo o mesmo instrumento que ele. E, além disso, o sonho dos meus pais era que os filhos seguissem os passos deles. Não tinha como ser outra coisa na vida;, conta o trompetista que é a atração desta semana do projeto Brasília, 50 Anos ; Capital do Choro, que acontece de hoje até sexta. Moisés é figurinha tarimbada na casa comandada por Reco do Bandolim, apesar de o choro não ser a sua principal influência. Desde que começou a carreira, o jazz sempre esteve presente no seu repertório, e, além desse gênero, o artista promete uma miscelânea de ritmos brasileiros para as apresentações no Clube do Choro. ;Vamos ter grandes mestres como João Donato, Luiz Bonfá, Tom Jobim. E claro, o chorinho de Ernesto Nazaré. Vai ser um show com muita improvisação;, revela. O trompetista estará acompanhado de Renato Rocha (bateria), Hamilton Pinheiro (contrabaixo), Serge Frazunkiewicz (piano) e de Rafael Rocha (trombone), que segundo ele, deve ser um dos destaques das apresentações. ;Já estamos tocando juntos há algum tempo e é uma boa parceria no palco;, garante. Trajetória Moisés Alves mora em Brasília desde 1985 e desenvolve trabalho paralelo voltado para o jazz, já tendo participado como membro e membro-fundador de vários grupos eruditos e populares da cidade, como Banda Sinfônica de Brasília, OCBrass, Brapo, Brazilian Brass. Há 20 anos, é músico também da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Bacharel em trompete pela Universidade de Brasília (UnB), ele já participou de gravações de diversos artistas do cenário nacional e internacional, como: Spok Frevo Orquestra (PE), André Vasconcellos (DF), Diego Figueiredo (SP), Phill D`Greg (USA), João Donato (RJ) e Renato Vasconcelos. Uma das experiências mais marcantes da sua trajetória artística foi o período em que morou em Havana, Cuba, em 1997, onde atuou como solista em concertos da Orquestra Sinfônica de Matanzas. ;Fui convidado para fazer um concerto e acabei ficando por lá. Não só tocando com a orquestra, mas com vários grupos de salsa e jazz latino. Foi bem interessante;, lembra ele, que também integra a Brasília Big Band, a Orquestra do Povo.

Ciquentenário Capital do Choro é mais um dos eventos que celebra o cinquentenário da cidade. A iniciativa tem como objetivo não só abrir espaço para músicos revelados no cenário musical brasiliense, como também trazer à capital federal alguns dos maiores instrumentistas do país. Em 120 espetáculos ao longo de 10 meses, eles traçam um painel retrospectivo e prospectivo do choro, capaz de contar a sua história, reverenciando grandes nomes do passado, e ao mesmo tempo abrir novas perspectivas para o futuro desse gênero musical tão brasileiro. Entre os artistas que já passaram ou ainda vão passar pelo projeto estão Paulo Sérgio Santos, Wagner Tiso, Carlos Elias, Marcel Powell Trio, Guinga e Leo Gandelman. MOISÉS ALVES QUINTETO Show do trompetista paraibano e quinteto, de hoje a sexta-feira, às 21h, pelo projeto Brasília, 50 Anos ; Capital do Choro. No Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

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