Diversão e Arte

Quarteto Maogani apresenta show hoje no Clube do Choro, recriando clássicos da canção popular

Irlam Rocha Lima
postado em 30/06/2010 08:25
O Quarteto Maogani está na maior expectativa em relação ao seu novo projeto. Em 2009, o grupo gravou um disco no estúdio House of Blues, em Los Angeles, com temas brasileiros e standard de jazz, que deve ser o primeiro lançamento do recém-inaugurado selo de Sérgio Mendes,- músico brasileiro radicado nos Estados Unidos desde a década de 1960 - produtor do trabalho. Integrantes do Quarteto Maogani: grupo brasileiro já abriu show de Sérgio Mendes no Hollywood Ball, em Los AngelesAlgumas músicas registradas no álbum estão no roteiro do show que Maurício Marques (violão requinto), Marcos Alves (violão de seis cordas), Carlos Chaves (violão de sete cordas) e Paulo Aragão (violão de oito cordas) farão de hoje a sexta-feira, às 21h, no Clube do Choro, pelo projeto Brasília, 50 anos - capital do choro. A eles se juntarão músicas que fazem parte dos quatros álbuns lançados entre 1997 e 2007. "Em 2001 fomos apresentados ao Sérgio Mendes pelo Guinga, no Rio de Janeiro. Tocamos para o Sérgio, que gostou do nosso som. Cinco anos depois, abrimos um show do Sérgio no Hollywood Ball, em Los Angeles, e, no ano passado, a convite dele, voltamos àquela cidade para gravarmos um CD. Da pré-produção até o estúdio, trocamos muitas idéias", conta Paulo Aragão. Na construção do repertório, por exemplo, o pianista revelado nos bares do Beco das Garrafas, em Copacabana (Rio de Janeiro), berço da bossa nova, fez sugestões ao Maogani. "Ele observou que como é um disco para o mundo deveríamos gravar temas que fossem bem assimilados pelo ouvinte dos Estados Unidos, da Europa ou do Japão. Manhã de carnaval (Luis Bonfá e Antônio Maria), clássico da música brasileira; Frevo rasgado (Gilberto Gil), por sua característica rítmica; e Easy to love, de Cole Porter, um standard de jazz". Os três temas vão se juntar à Caçador de borboletas, composição pouco conhecida de Radamés Gnattali, também incluídos no repertório do CD; e músicas dos outros discos do quarteto, entre as quais, a valsa Tristorosa (Heitor Villa-Lobos), o choro Relâmpago (Garoto), A ginga do Mané (Jacob do Bandolim), Água de beber (Tom Jobim e Vinicus de Moraes), Samba novo (Baden Powell) e Cai dentro (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), todos com arranjos do grupo. Sem se apresentar no Clube do Choro desde 2007, o Maogani está de volta depois de turnê recente pela Eurpoa, com passagem pela Rússia, Armânia e República Tcheca. "Para nós é sempre prazeroso tocar no Clube do Choro, palco generoso para a música instrumental, onde temos, sempre, ótima acolhida da parte de um público atento e bem informado", elogia. Em agosto, o quarteto seguirá para a Itália, com participação confirmada em dois festivais. Quarteto Maogani Show do grupo carioca de hoje a sexta-feira, às 21h, pelo projeto Brasília, 50 Anos - Capital do Choro. No Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3244-0599 Sonoridade sofisticada Formado na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Quarteto Maogani tem 15 anos de carreira, e quatro discos lançados: Maogani (1997), Cordas cruzadas (1999), Água de beber (2004) e Impressão do choro (2007). Com uma nova concepção da música popular brasileira, a partir de arranjos elaborados, conquistou a crítica e o público. De formação clássica, os violonistas Maurício Marques, Marcos Alves, Carlos Chaves e Paulo Aragão, desde o começo da carreira tiveram a música popular como a base do repertório de shows e discos. Embora seja visto como um quarteto de câmara, os integrantes do Maogani extraem dos instrumentos sonoridade característica do samba e do choro, mas sempre com sofisticação. Ouça música com o Quarteto Maogani

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação