postado em 05/07/2010 08:29
A intenção de transferir a capital do país para o interior é bem anterior a Juscelino Kubitschek. Remete, mais exatamente, aos tempos do Brasil colônia. Apresentar a história desse projeto e o papel do Parlamento brasileiro nessa trajetória é o objetivo de Brasília - a ideia de uma capital. A legislação e o debate parlamentar (1549 a 2010). A exposição, em cartaz diariamente no Salão Negro do Congresso Nacional, reúne objetos, documentos originais e mobiliário que levam o público a uma viagem no tempo. Há curiosidades como as cinco plantas originais do edifício do Congresso Nacional, desenhadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, móveis e peças de arte pertencentes ao Palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro, e até um canhão, do século 17, usado nas tentativas de invasões de piratas na Baía de Guanabara.
Segundo o historiador Casimiro Neto, um dos curadores da mostra, há peças de grande valor histórico a serem apreciadas pelo público. Ele cita o nicho que recria, com peças originais e únicas, um ambiente do Palácio Tiradentes, sede da Câmara dos Deputados de 1926 até 1960. Outro destaque vai para a tela Tiradentes ante o carrasco, de Rafael Falco, antes confinada à sala da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. "Depois da exposição, a tela será restaurada e passará a ficar exposta ao público", conta o curador.
Maria Isabel Branco Ribeiro, diretora do Museu de Arte Brasileira da Fundação Álvares Penteado (Faap), instituição paulistana encarregada da produção da mostra, cita como um mérito da exposição apresentar como se vai da ideia à realização de um grande projeto. "O público pode conferir a magnitude que envolveu levar a capital ao centro do país", afirma.
Brasília - a ideia de uma capital. A legislação e o debate parlamentar
Até 22 de agosto no Salão Negro do Congresso Nacional. Diariamente, das 9h às 17h. Entrada gratuita. Para visitas guiadas, agendar pelo telefone: 8551-8623.