Agência France-Presse
postado em 17/07/2010 17:05
Montreux (Suíça) ; Roman Polanski fez neste sábado sua primeira aparição pública em Montreux (oeste da Suíça) e na televisão, onde aproveitou para agradecer sua família e os suíços pelo apoio, cinco dias depois da rejeição de Berna em extraditá-lo para os Estados Unidos.O diretor de "O Pianista", de 76 anos, chegou neste sábado ao Centro de Congressos de Montreux para assistir a um show de sua mulher, Emmanuelle Seigner, constatou um jornalista da AFP.
Um dispositivo de segurança impediu jornalistas e fotógrafos de se aproximar do cineasta em sua primeira aparição pública desde que foi cancelada na segunda-feira sua prisão domiciliar em Gstaad.
Em uma entrevista divulgada neste sábado por uma emissora suíça, Polanski declarou "sua grande amizade com a Suíça", apesar de sua prisão a pedido dos Estados Unidos em 27 de novembro em Zurique.
Polanski também agradeceu "as milhares de pessoas que não deixaram de enviá-lo mensagens de apoio durante os longos nove meses" e que lhe levaram garrafas de vinho e flores.
O cineasta contou na televisão que seu filho Elvis cortou a pulseira eletrônica que as autoridades suíças lhe impuseram como medida de segurança. Polanski assegurou que poderia ter fugido facilmente.
"Se eu tivesse pensado nisso, teria conseguido, porque era extremamente fácil. A pulseira eletrônica (...) não poderia impedir, tão perto da fronteira francesa. Mas as pessoas sabiam que eu não faria isso", completou.
"No momento, estou contente de estar livre e de poder me dedicar às coisas que me foram proibidas", disse.
A Suíça rejeitou na segunda-feira extraditar o cineasta franco-polonês para os Estados Unidos, onde ele teve em 1977 relações sexuais com uma menor de 13 anos.