postado em 07/08/2010 07:00
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Clássicos de Duke Ellington como The mooche e Rockin; in rhythm animaram a plateia, que praticamene lotou o teatro. Porém, uma das canções que conquistaram o público foram Hyena stomp, de Jelly Roll Morton, que como o nome sugere, conta a história de uma hiena. ;É interessante como no jazz temos tantas canções em homenagens aos bichos. Essa foi feita em função de um animal bem engraçado e que adora rir. E a melodia não poderia ser diferente. Bem engraçada também;, comentou Pablo Scenna (banjo e guitarra).
Durante a apresentação dessa música, os integrantes do Antigua dispararam a rir e acabaram provocando gargalhadas na plateia também. ;Agora vamos tocar mais uma em homenagem aos bichos. Dessa vez, em vez do grupo todo, vamos ter aqui um trio de animais, ou melhor, de músicos;, brincou Scenna se referindo a ele próprio, o contrabaixista Nicanor Suárez e o baterista Hernán Avella. Era Tiger rag, que fala sobre um tigre.
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Amor pelo Brasil
A descontração e as brincadeiras com os espectadores também estiveram presentes na segunda atração da noite, a pianista norte-americana Judy Carmichael e sua banda. Fã do Brasil, ela abusou do português, inclusive usando gírias: ;Oi, galera. Boa-noite. Acho português e os brasileiros muito sexys. Mas minha cuca funde porque é uma língua muito difícil;, bradou logo que subiu ao palco.
Para abrir o show, Judy escolheu duas de suas canções favoritas, como ela mesmo afirmou: The lamp is low, de Peter de Rose e Bert A. Shefer, e You;re driving me crazy, de Walter Donaldson. Judy Carmichael mostrou em Handful of keys porque ficou conhecida como a rainha do stride (técnica rítmica popularizada pelos jazzístas da época da Primeira Guerra Mundial) e arrancou aplausos fervorosos do público.
[SAIBAMAIS]Fazendo piadas, especialmente com os fotógrafos que cobriam o evento, ela disparou: ;Estou me sentindo uma Paris Hilton, com tantos paparazzi por aqui. E olha esse aqui em baixo (se referindo ao fotógrafo que estava embaixo do palco). Adoro homens que ficam aos meus pés;, brincou. E fez muitas poses para a câmera sentada no colo do guitarrista Chris Flory.
Ao fim da apresentação, que foi encerrada com um clássico de Gershwin I got rhythm, Judy mais uma vez demonstrou todo o seu carinho pelo Brasil e agradeceu o calor do público. ;Só de estar neste país já fico muito feliz. Muito obrigada;, declarou.
Eu fui
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Rodrigo Westin, 33 anos, chef de cozinha
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Juliana Sedelmaier, 37 anos, designer de joias