Diversão e Arte

Com 40 anos de estrada, Renato Teixeira se apresenta no T-Bone

Irlam Rocha Lima
postado em 16/09/2010 08:00
O Distrito Federal é a região do país onde Renato Teixeira mais se apresenta. ;É raro o mês, que não faço show em Brasília, ou nas cidades-satélites e do Entorno. E não é de agora. Sinto-me absolutamente em casa quando estou aí, para cantar nos teatros ou em locais abertos, pois sou recebido de forma carinhosa pelas pessoas, que demonstram total conhecimento da minha obra;, diz o cantor e compositor paulista, sem esconder o entusiasmo. Renato Teixeira: Com 40 anos de estrada, Renato mantém-se em frequente atividade, fazendo shows e gravando discos. O mais recente foi o DVD Amizade sincera, com o amigo e parceiro Sérgio Reis. Hoje, de volta à capital, ele é a atração da 28; Noite Cultural T-Bone (312 Norte). A abertura é da banda brasiliense Casa Branca, às 19h. O ator e mímico Miquéias Paz será o mestre de cerimônia. Ouça a canção Romaria, na voz de Renato Teixeira Acompanhado pelos filhos Chico Teixeira (viola de 12 cordas), João Lavraz (contrabaixo) e mais Marcinho Werneck (sopros) e Dudu Pontes (bateria), o cantor fará um show baseado em seu primeiro DVD, gravado no Auditório do Ibirapuera (SP), lançado pela Som Livre em 2008. ;Nesse trabalho, que contou com a participação de Pena Branca, Joanna, Leon Gieco e Chitãozinho & Xororó, faço uma retrospectiva da carreira.; Essa mesma retrospectiva ele fará no palco instalado em frente ao T-Bone. No roteiro, não faltarão clássicos como Amanheceu, peguei a viola, Um violeiro toca, Amora, Quando o amor se vai, Recado, Frete, Tocando em frente e, claro, Romaria, canção que, ao ser gravada por Elis Regina em 1977, deu maior visibilidade à obra do autor. Mesmo fazendo um tipo de música que tem forte ligação com a tradição sertaneja ; a viola caipira é sempre ouvida em suas apresentações ;, Renato sempre mostrou-se sintonizado com a contemporaneidade, ao agregar às suas composições valores e elementos de outros tipos de sonoridade. ;Costumo afirmar que o som que faço baseia-se no conceito do folk universal. Minha música mexe com os sentimentos mais profundos, como a de Bob Dylan, Woody Guthrie, Pete Seeger e Leon Grieco;. Influências De acordo com Renato, a definição de folk para o trabalho de um artista brasileiro pode soar como algo estranho. ;Mas é exatamente esse tipo de som que eu, Almir Sater e Sérgio Reis fazemos, embora receba o rótulo de música de raiz, regional ou caipira. Essas influências existem sim, mas devem ser vistas como base histórica. Não abdicamos a nossa condição de interioranos, mas temos consciência da universalidade da nossa música;, afirma. Hoje o cantor se junta a uma galeria de nomes consagrados da MPB que tomaram parte do projeto do T-Bone, entre eles, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Erasmo Carlos e Zélia Duncan. ;Há algum tempo queria participar desse projeto, que considero simpático e original. Estou levando um show completo, com os mesmo cenário e luz que costumo utilizar nas apresentações em teatros e casas de espetáculo;, adianta. ;Além de cantar, há sempre a possibilidade de conversar com ao público e falar de reminiscências ligadas à minha trajetória artística.; RENATO TEIXEIRA Show do cantor e compositor e grupo, com abertura da banda Casa Branca, hoje, às 19h, na SCLN 312, pelo projeto Noite Cultural T-Bone. Acesso gratuito. Classificação indicativa livre.

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