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Diversão e Arte

Judivan J. Vieira lança o livro O gestor, o político, o ladrão, em Brasília

Após ter lançado sua 8; obra O gestor, o político, o ladrão, nas cidades de Porto e Lisboa, em Portugal, chegou a vez de Brasília entrar no circuito do paraibano Judivan J. Vieira, de 47 anos. Hoje, às 18h30, o autor estará no restaurante Belini (113 Sul) para mostrar aos brasilienses seu mais novo trabalho, distribuído pela editora Thesaurus. ;Segui os conselhos de meu amigo Tagore Alegria e fui visitar Portugal durante uma viagem à Europa. Lá nasceu a inspiração para escrever o romance;, conta o autor, explicando o motivo pelo qual escolheu as cidades lusitanas como primeiro destino.

O escritor detalha que o livro é um romance ficcional e que se trata da primeira parte de uma trilogia. ;Passei cinco anos estudando o tema, além de ler sobre nanotecnologia e técnicas de espionagem para concluí-lo;, conta. O livgro narra a história de altos funcionários governamentais que, associados a políticos influentes, decidem formar uma espécie de irmandade entre pessoas que não possuem limites quando o assunto é domínio e poder. A história, que envolve diversas cidades do mundo, como São Paulo, Brasília, Londres, Paris e Lisboa, tenta escancarar o jogo pelo poder e as marcas profundas que essa eterna briga pode deixar na vida de homens e mulheres.

Judivan J. Vieira nasceu em um sítio chamado Dois Riachos, na Paraíba, porém se mudou para Brasília aos 5 anos de idade, onde vive desde então. Além de procurador federal e compositor, o escritor já lançou obras jurídicas, de auto-ajuda e de contos, como Técnicas para você ficar doidão e Bem-vindo ao meu pesadelo, ambas pela mesma editora Thesaurus.

Trecho do livro O gestor, o político, o ladrão

Aquele dia de céu e inferno, de vida e de morte, de sangue e de coca marcariam a vida de Tina para sempre. No entanto, a boa conversa de Herrera, seu charme e seu jogo de sedução fizeram o tempo passar sem que ela percebesse a hora de voltar e, como a noite já havia se descortinado sobre a terra, ele se propôs a levá-la até sua casa nos arredores de Corumbá.

Manoel que pretendia voltar para Bogotá no dia seguinte, acabou ficando uma semana hospedado em um Barco Hotel, tendo o pantanal como cenário. Nem ele mesmo sabia o que sentia, mas era como se seu coração houvesse sido acorrentado pelo encanto da menina. Seus capangas já estavam acostumados ao estilo do chefe. Ele começava como um furacão e depois descartava as mulheres com a mesma velocidade que começara. Aquelas que ficavam vivas agradeciam a Deus, outras se encontravam com o diabo sem querer.

O namoro foi tórrido e Tina pouco se importou com a opinião contrária dos pais. Nesses casos, todo mundo sabe que sexto sentido de mãe pouco adianta. Herrera a houvera seduzido por completo e ela, totalmente apaixonada, não se importava com opiniões de quem quer que fosse.

Como acontece com todo coração acorrentado pela paixão, se todos disserem que a água é turva, o apaixonado a vê como a mais cristalina; se disserem que a paixão é veneno, o apaixonado prefere beijar a boca da cobra e se disserem que a paixão exige sacrifício, então, o apaixonado se sente como se fosse o próprio cordeiro escolhido para ser sacrificado no altar da vida.