Diversão e Arte

Sempre polêmica, Bienal de São Paulo é aberta ao público

postado em 25/09/2010 10:57
São Paulo - Com obras de 160 artistas de diversas nacionalidades e entrada gratuita, a 29ª Bienal de São Paulo foi aberta ao público na manhã de hoje. A mostra está montada no Pavilhão de Exposições Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, na Zona Sul da capital paulista. A expectativa dos organizadores é que cerca de 1 milhão de pessoas visitem a bienal, que ficará em cartaz até o dia 12 de dezembro. Segundo o presidente da bienal, Heitor Martins, este ano o objetivo é aproximar as artes plásticas do cotidiano das pessoas e, aproveitando o clima eleitoral, reforçar a tese de que arte e política são inseparáveis. Além disso, sob o título Há Sempre um Copo de Mar Para um Homem Navegar, verso do poeta Jorge de Lima, os curadores esperam reforçar que a dimensão utópica da arte está contida nela mesma. Uma das atrações deste primeiro dia é a encenação da performance Divisor, de 1968, da escultora, gravadora e cineasta Lygia Pape (1927-2004). Os responsáveis pela apresentação esperam contar com 200 pessoas para participar voluntariamente da apresentação. A Bienal de São Paulo abriu polêmicas e ganhou espaço na imprensa antes mesmo da abertura oficial. A seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) chegou a exigir que parte da série Inimigos, do artista plástico pernambucano Gil Vicente, fosse retirada da exposição. Nas telas feitas com carvão, o artista se autorretrata assassinando líderes mundiais como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos George Bush, e o papa Bento XVI. Mais duas obras a despertar polêmica são Bandeira Branca, na qual o artista Nuno Ramos mantém três urubus presos em uma tela instalada no espaço central do pavilhão. A outra é A Alma Nunca Pensa Sem Imagens, na qual o argentino Roberto Jacoby simula uma campanha eleitoral usando imagens dos candidatos presidenciais Dilma Rouseff (PT) e José Serra (PSDB).

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