postado em 04/10/2010 09:23
Quando começou a carreira há 10 anos, as cobranças por ser filha de Zezé Di Camargo e as comparações com Sandy, filha de outro sertanejo, Xororó, foram inevitáveis. Porém, ela não deixou se abalar e investiu em uma vertente romântica com sucessos que alavancaram sua trajetória artística como O amor não deixa e Eu quero ser o seu amor. Uma década depois, Wanessa Camargo deixou de lado o sobrenome famoso e mudou não só de visual, mas de estilo musical. Apesar de estar entrando de cabeça no mundo das músicas pop cantadas em inglês, ela avisa que não quer ser uma espécie de Beyoncé ou Lady Gaga tupiniquim. "Isso não é essa minha intenção. Meu objetivo é apenas cantar aquilo que gosto e agradar aos meus fãs. E, hoje, isso vai mais para o pop music", assegura a agora Wanessa, que além de cantora é compositora, bailarina e atriz. A artista falou com o Correio sobre sua nova fase e revela que vive um momento único na vida pessoal e profissional: "As coisas caminham bem e estou muito feliz com o rumo que estão tomando"
Você mudou visualmente e até no estilo musical. O que caracteriza essa nova fase da sua carreira?
Sempre tive vontade de fazer um estilo mais pop e, no ano passado, surgiu a oportunidade, com o lançamento da música Fly, em parceria com o rapper americano Ja Rule. Tive boa aceitação do público e da crítica, o que me deu ainda mais força e vontade de investir nessa linda carreira, que sempre gostei! O visual foi uma consequência. Acho que para mudar meu estilo musical, começar uma nova fase na minha carreira, seria bacana vir com tudo novo, e o visual foi junto. Mesmo porque, em uma carreira artística, temos sempre que inovar e surpreender nosso público de uma maneira positiva. E acho que consegui isso.
A retirada do sobrenome Camargo tem a ver com esse novo momento?
Eu sempre serei a Wanessa Camargo, até porque o sobrenome Camargo tem uma história da qual me orgulho muito. Apenas nessa nova fase de minha carreira optei por investir em Wanessa, a maneira como sempre fui chamada pelas pessoas que convivem comigo. Mas em minha assinatura, o Camargo continua.
O que a sua família achou de você retirar o sobrenome?
Minha família me apoia, eles sabiam que retirei o sobrenome apenas em meu nome profissional, porque, como te disse, continuo assinando o Camargo.
Você acaba de gravar quatro canções e todas em inglês. Não tem receio de ser criticada e falarem que você está 'americanizada'?
Críticas sempre vão existir, mas já aprendi a lidar com elas. Quem ouvir as minhas músicas novas vai perceber que elas estão em um formato, em um ritmo, que não caberia cantar em português. Fica mais bonito musicalmente cantadas em inglês, simplesmente por isso. Isso não me impede de voltar a cantar em português. Mas, realmente nessas músicas novas, o inglês se "encaixou" bem melhor.
A gente percebe no seu trabalho uma influência das grandes artistas pop internacionais da atualidade. Você tem a intenção de ser a Lady Gaga ou a Beyoncé brasileira, já que o Brasil não tem uma grande diva pop?
Admiro muito o trabalho da Lady Gaga e da Beyoncé. São cantoras que escuto muito e adoro. Mas não é essa minha intenção. Meu objetivo é apenas cantar aquilo que gosto, e agradar aos meus fãs. E, hoje, isso vai mais para o pop music.
Qual a sua primeira lembrança de Brasília, já que você morou aqui perto e sua família é de Goiás?
Gosto muito da região, tenho excelentes recordações. Sempre que posso dou uma passada para rever amigos. Por enquanto, ainda não tenho show agendados por aí, mas espero retornar logo!
Apesar de viver há tanto tempo em São Paulo, o que você preserva das suas raízes goianas?Gosta de pequi, das comidas típicas?
Aprecio as comidas típicas, mas não como porque mantenho uma alimentação orgânica.
Você acompanha política? Assiste programa político, já definiu seus candidatos?
Acompanho sim, mas ainda não defini meus candidatos.
Seu pai e seu tio já participaram diretamente de campanhas políticas. Você tem esse interesse também?
É porque antigamente existiam os 'showmícios', que atualmente estão proibidos. Não penso em apoiar alguém nessas eleições; a responsabilidade é muito grande e temos de conhecer bem o candidato.
Você abriu alguns shows da Beyoncé aqui no Brasil e está gravando em inglês. Vislumbra uma carreira internacional?
Por enquanto, meu objetivo é conquistar o público brasileiro com meu novo trabalho, e, graças a Deus, tenho tido um ótimo retorno. Se por um acaso ocorrer uma carreira internacional, será consequência e ficarei muito feliz, claro, mas não é uma meta.
Como analisa esse crescente interesse do público GLS pelo seu trabalho? A que credita isso?
Na verdade, o público GLS sempre acompanhou minha carreira e me deu muito carinho. Nesta minha nova fase musical, mais pop, eles se identificaram ainda mais. O público gay é muito animado, adora festas, e por isso aprovou e curtiu muito minhas músicas em inglês, com uma batida mais pop e dance. Os shows que tenho feito em baladas GLS me mostram isso. O público sabe todas as canções de cor e não para de dançar um minuto!
Você andou fazendo participações em filmes, seriados? Tem o DRT de atriz. Tem vontade de também seguir nessa carreira?
Não. Por enquanto estou focada em minha carreira de cantora. Participei do High School Musical e foi muito legal, mas era um filme que tinha a ver com música, com meu universo, por isso topei. Mas agora estou lançando as quatro novas músicas e estou totalmente voltada para isso.
Qual o balanço você faz desses 10 anos de carreira?
Me orgulho muito de tudo que construí nestes dez anos de carreira. Mas não foi fácil! Como qualquer cantora, batalhei muito pelo meu espaço, estudei muito para crescer como cantora e conquistar cada vez mais pessoas com minha música. Tenho muito que agradecer aos meus fãs também, sempre fiéis, compreensivos e carinhosos, não teria chegado aqui sem eles! Vivo um momento muito especial na minha vida pessoal e na minha carreira, as coisas caminham bem e estou muito feliz com o rumo que estão tomando.