Diversão e Arte

Em Macromundo, Wladimir Cazé mantém o ritmo das outras obras

postado em 21/10/2010 07:40

O pernambucano Wladimir Cazé vem publicando poesias e folhetos de cordel desde 2004. No quarto livro da carreira, Macromundo, ele mantém o ritmo das outras obras. Objetos do cotidiano são subvertidos por linguagens simplistas. O elemento humano também é apresentando, ao lado de ícones que representam a natureza e a arte, como cinema, fotografia e pintura. Ele apresenta a nova obra, distribuída pela editora Confraria do Vento, hoje, às 19h, no projeto Quintas Culturais do T-Bone (312 Norte). ;É um trabalho gêmeo do meu primeiro livro e contém poemas escritos durante o período de 1996 a 2009;, conta.

Para o poeta, de apenas 34 anos, as páginas da publicação vêm recheadas de uma leitura atenta a poesia contemporânea. Além disso, o leitor poderá encontrar traços do legado de diversas tradições poéticas nacionais, como a modernista, a marginal e as oriundas da década de 1990. Wladimir conquistou seu espaço no meio literário graças a elogiadas publicações anteriores.

Exemplos de sucesso em sua carreira são Microafetos (2005), ABC do carnaval(2009) e, principalmente, A filha do imperador que foi morta em Petrolina (2004). Esta obra praticamente o introduziu no universo do cordel e também retrata uma fantasia ficcional de sangue e fé que se passa no sertão do Nordeste brasileiro, mais especificamente na época da proclamação da República. ;Procuro desenvolver uma poética que seja herdeira de tudo o que já li, mas que também tenha a minha personalidade;, explica.

Cazé não estará sozinho hoje. A noite no açougue cultural também irá receber outros artistas. O escritor paulistano Luiz Alberto Mendes é um desses. Ele vem a Brasília para conversar com os leitores sobre as obras Tesão e prazer (2009), Memórias de um sobrevivente (2001) e Às cegas (2005). Essa última, finalista do Prêmio Jabuti de 2006. Seus depoimentos costumam agradar ao público pela realidade que retratam. Por ser ex-presidiário (cumprindo pena por homicídio e outros crimes), ele relata com muita clareza suas lembranças do sistema carcerário.

Para animar a festa, música com o cantor baiano Máximo Mansur. Natural de Ituberá, ele vive no Distrito Federal há 10 anos e participa do movimento Tribo das Artes e de outros projetos em São Sebastião. Outra atração será o recital poético da atriz Lília Diniz. A maranhense soma à festa um trecho do espetáculo Miolo de pote em cantigas e versos, em que canta e interpreta poemas e cantigas de sua autoria.

Como já é tradição nas realizações do açougue diferenciado da Asa Norte, a apresentação do cortejo será do mímico Miquéias Paz, que já encenou a peça Los mimos hermanos e participou do Jogo de cena, comandado por Welder Rodrigues e Ricardo Pipo (Os Melhores do Mundo).

QUINTA CULTURAL

Hoje, às 19h, lançamento do livro Macromundo, de Wladimir Cazé. Participação do autor Luiz Alberto Mendes, da atriz Lília Diniz e do cantor Máximo Mansur. Apresentação do mímico Miquéias Paz. Açougue Cultural T-Bone (312 Norte, Bl. B, Lj. 27; 3274-1665). Entrada franca. Classificação indicativa livre.

MACROMUNDO


De Wladimir Cazé. Editora Confraria do vento. Número de páginas: 64. Preço médio: R$ 20

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