postado em 26/10/2010 09:38

Rodrigues retrata uma mistura de emoções a serem identificadas e interpretadas pelo observador. ;Minha produção está entre o formal e o informal, já que, além de pensada, ela carrega intuição e ocasionalidade. Creio não existir abstração que não represente algo e que nenhuma representação em algum momento não se abstraia;, descreve.
O artista plástico afirma que seus quadros têm por objetivo demonstrar a consequência do excesso de informação à sociedade atual. ;Por conta da veiculação exagerada de notícias e imagens, o espectador absorve apenas o superficial das coisas. A vida hoje é mecanizada e artificial. Meu trabalho é uma vã tentativa de que as pessoas repensem isso.;

A tela O sentimento contido ao amanhecer ; óleo sobre tela em 110cm x 150cm ; é um exemplo de sua maneira de trabalhar. A obra foi iniciada em 1996 e finalizada recentemente. ;Em anos de trabalho, ele conseguiu consolidar uma identidade. Quem vê sua obra, reconhece o autor;, comenta Railda Costa, 46 anos, proprietária da galeria onde Marco Rodrigues expõe esta semana.
Gregório Soares Rodrigues de Oliveira, 22 anos, segue os passos do pai. Estudante de artes plásticas, conta que a convivência com Marco foi fundamental na escolha do curso: ;A arte dele me influenciou. Mas venho aprendendo o que é ser artista na universidade;. Ele desenha desde pequeno e teve a adolescência marcada pelo grafite. ;A arte de rua envolve, também, questões sociais;, ressalta.
ENTREMEIOS
Exposição de Marco Rodrigues, aberta ao público até sexta-feira, das 9h às 18h, no Edifício Garvey Park Hotel (SHN Q. 2, Cj. J Lj. 130). Entrada franca. Informações: 9933-7980.