postado em 09/11/2010 08:00
A ameaça de chuva e a espera de quase duas horas não tiraram a paciência e a energia das cerca de oito mil pessoas que lotaram a estrutura montada na área externa do Ginásio Nilson Nelson na noite de domingo. O megaevento, que trouxe pela quarta vez a Brasília o DJ e produtor francês David Guetta ; um dos mais requistados pelos astros da música pop e ganhador do Grammy de melhor remix com When love takes over ; começou cedo, às 18h. Mas a apresentação do astro, marcada para as 21h30, só aconteceu, pontualmente, às 23h. A explicação: comemorando 43 anos no domingo, o top DJ tocou horas antes em Goiânia. Mas bastou Guetta ser anunciado e aparecer exibindo uma camisa da Seleção Brasileira para incendiar o público. O DJ permaneceu nas picapes, simpático e interagindo com os baladeiros, até as 2h.
E, logo de cara, levou os jovens à histeria com o novo hit remixado do Black Eyed Peas, The time of my life ; regravação do tema de Dirty dancing, sucesso do cinema de 1987. Guetta aproveitou o alvoroço e, como de praxe, diminuiu o volume do som para que a voz do público ditasse o ritmo. Uma reação surpreendente, já que a maioria da plateia não passava dos 20 anos.
Sucessos como The world is mine, Sexy bitch e I gotta feeling também foram cantados em coro sob uma chuva modesta de papel prateado. Mas o auge da festa aconteceu quando dois bailarinos surgiram ladeando o DJ. A dupla, vestida como robôs, emanava neon e, com uma espécie de pistola, lançava fumaça e efeitos de luz na plateia ; performance que lembrou, em escala infinitamente reduzida, o espetáculo que Black Eyed Peas fez por essas bandas no mês passado.
Celulares
E quem temia que Guetta chegasse a Brasília sem pique ; depois de uma maratona em Goiânia ; se surpreendeu. O DJ entrou no clima dos baladeiros, subiu na cabine, se exibiu para os fãs e em, inglês, pediu que todos erguessem os celulares para iluminar a noite. ;Sintam a batida;, disse ele. É bem verdade que, com a euforia do show, alguns se excederam: brigas isoladas e atendimento no postos médicos também fizeram parte da festa. Lamentável. Mas, no geral, boa estrutura ; totalmente coberta com área VIP e pista ;, banheiros e bares suficientes para dar conforto ao público.
No final, David Guetta voltou a tocar o remix de The time of my life, vestiu a camisa do Brasil e se despediu do público. Decepção para alguns fãs, que esperavam que um boato se tornasse fato. É que corria nos bastidores que o astro do hip-hop Akon daria uma canja no palco. A produção do espetáculo confirmou a presença do cantor ; que volta e meia faz parcerias com Guetta, como no sucesso Sexy bitch. Mas o ídolo permaneceu a noite inteira no camarim. A bem da verdade, sua ausência não foi sentida. ;Apesar de muita gente e do atraso, ver David Guetta tocando é sempre mágico. Não é nem preciso conhecer todas as músicas dele, basta sentir;, disse a estudante Joana de Freitas, 19 anos.
Parceiro de estrelas
Com duas décadas de profissão, o DJ francês começou a dividir espaço com grandes, como Ti;sto e Armin Vun Buuren, em 2002, quando emplacou o sucesso Love don;t let me go. Daí para se juntar a Madonna ; com quem trabalhou na faixa Revolver, do álbum Celebration ;, Chris Willis, Akon e Black Eyed Peas, foi um pulo. A turnê que promove seu quatro disco, One love, já passou por São Paulo, Rio de Janeiro, Balneário Camburiú (SC), Belo Horizonte e Goiânia.
Eu Fui...
;Estive num show dele em Paris recentemente. Aqui está muito desorganizado e o atraso foi grande. Na França, como as festas são menores, o público fica mais controlado. Mas o que vale são as músicas e ver a evolução musical de David Guetta;
Carol Merida, 31 anos, advogada
;O show foi incrível e a estrutura bem bacana. Desta vez, a festa foi realizada num lugar arejado, mais amplo. Há três anos acompanho David Guetta e ele se supera a cada vez. Está cada vez melhor;
Rosângela Norita, 31 anos, pedagoga