postado em 26/11/2010 08:00
São Paulo ; O antigo, mais uma vez, ganha ares de moderno. Os discos de vinil, até bem pouco tempo atrás associados ao fetiche de alguns colecionadores ou ao saudosismo de outros, ganha cada vez mais espaço não só nos balcões das lojas, como também nas picapes de boates, clubes e baladas descoladas em Brasília e nas grandes metrópoles. O movimento pró-bolachão, na verdade, manteve-se vivo em países da Europa e volta a ganhar adeptos a cada ano no Brasil. Nas noites do Rio e de São Paulo, tocar com vinil já virou diferencial entre os DJs. E isso justo no momento em que as vendas de CDs por parte da indústria fonográfica caem a ponto de fechar fábricas e pontos de venda.
Em Brasília, a volta dos vinis é evidenciada pelo número de lojas que vendem os discos. Só no Plano Piloto, há 23 pontos de comércio de vinil usado e oito que vendem os bolachões novos em folha. Na noite, o movimento também começa a ganhar força. A Quarta Vinil, um projeto do Gate;s Pub que já passa de uma década faz parte do calendário fixo da casa. A festa se popularizou resgatando hits dos anos 1970, 1980 e hoje é embalada por LPs de artistas da moda, como Lady Gaga, Beyoncé, Black Eyed Peas e Kylie Minogue.
Hoje, dependendo da gravadora, os vinis têm qualidade superior ao CD. Isso porque, com o tempo, as fábricas de bolachões também se modernizaram. O promoter e DJ Biondo, residente da Festa Kinda, projeto que já ganhou espaço entre os modernos e os descolados da cidade, resolveu aderir ao movimento pró-vinil. ;Não deu para ficar fora da moda dos LPs porque estamos antenados à música atual e às novas tendências. A festa agora vai incluir o vinil no seu cardápio sonoro;, ressalta DJ Biondo.