postado em 02/12/2010 08:30

Até 2006, os rapazes carregavam o nome Tex Quarteto, mas decidiram mudar quando, segundo eles, perceberam que a maturidade sonora se tornava evidente. Para os músicos, chegou um ponto no qual uma redefinição conceitual havia se tornado imprescindível. ;Temos trabalho gravado da fase anterior, quando a gente dava vazão somente às composições de Tex. Com o tempo, o grupo foi se tornando mais coeso e todos quiseram participar. Agora, assinamos pelo menos uma faixa;, explica o percussionista e baterista Ticho Laven;re, referindo-se ao álbum Chegada, lançado pela GRV Discos em 2005.
Desde as mudanças, a banda subiu aos palcos em países como Alemanha, Portugal, Suíça e Estados Unidos. Distribuído pela mesma gravadora do antigo trabalho e pela paulistana Tratore, o álbum traz nove canções inéditas, todas à venda em www.imusica.com.br. Destaque para Termogroove, Semente e Rota Brasil, que dá nome à obra. ;Tem traços de bossa nova, samba, frevo e maracatu, mas também levamos flamenco, songo e guajira. Para completar, temos a filosofia de improviso do jazz;, enumera Ticho.
MARAKAMUNDI
Sábado, às 21h, lançamento do CD Rota Brasil com o grupo, no Clube do Choro (SDC, Bl. G, Eixo Monumental; 3224-0599). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.
Duas perguntas - Ticho Laven;re
[FOTO2]Quais são as influências de vocês?
Uma das maiores influências que temos nesse disco é a banda Black Rio. Inclusive, na música que dá nome ao disco pode-se perceber muitos detalhes do som setentista que eles produziam. Os filhos dos integrantes originais até tentaram voltar com o nome recentemente, mas são os originais que me refiro. Outras que não podem faltar são Tom Jobim, Waldir Azevedo e Hermeto Pascoal. De estrangeiros, tem o Chick Corea, do qual costumamos fazer releituras, inclusive.
O que traz de especial o repertório do show?
Além das canções que compõem o disco, vamos fazer também Casa forte, de Edu Lobo, com um arranjo de Gê Mendonça. Outra que fará parte do show é Armando;s rhumba, do próprio Chick Corea. Essa última não traz aquela rumba tipicamente cubana, mas a espanhola. Foi feita por ele para homenagear o pai.