postado em 07/12/2010 08:00
A partir de amanhã e até domingo, Belo Horizonte sedia a terceira edição da Feira Música Brasil (FMB). Pela primeira vez, o evento, realizado desde 2007, será feito fora de Recife. Além da nova localidade, KK Mamoni, diretor executivo da FMB, comenta que a principal diferença desta para as edições anteriores foi a possibilidade de inscrição pela internet: ;Tivemos um recorde de inscrições: 3.011. Ano passado, por exemplo, foram 800. O número de interessados se deve em grande parte à credibilidade da feira. Ela está em seu terceiro ano e vem se afirmando como um dos principais eventos do setor no país.; Artistas brasileiros das mais diferentes vertentes musicais, novatos e veteranos, inscreveram-se para participar. Doze curadores ficaram responsáveis pela seleção. A Feira Música Brasil terá mais de 50 shows, entre eles, Gilberto Gil, Otto, Andreas Kisser e Rita Ribeiro, responsáveis por fechar as noites do evento, na Funarte MG. ;Gil foi convidado pela feira. Mas os outros se inscreveram para tocar. O evento se tornou um grande marco anual, que reúne toda a cadeia produtiva da música, com a participação de produtores e agentes internacionais, gente do Brasil inteiro, profissionais do mercado da música, técnicos, etc.;, conta Mamoni. Além das apresentações, a programação da feira conta com palestras, oficinas e mostras cinematográficas. Contabilizando a programação paralela (espalhada por diversos pontos da cidade), a FMB terá quase uma centena de shows.
Vitrine
A capital federal será representada pelos DJs da festa Criolina, Barata, Pezão e Oops, e pelo Quinteto Brasília. ;A música erudita, por vezes, parece alienígena dentro desses eventos, pois não costuma ser convidada. Por isso, ficamos muito contentes e honrados por termos sido escolhidos;, comemora Sergio Barrenechea, flautista do Quinteto Brasília. O grupo, formado ainda por Felix Alonso, na clarineta, Stanislav Schulz, na trompa, e Flávio Lopes, no fagote, apresentará, no sábado, um repertório de composições feitas especialmente para o formato de quinteto de sopros, como Amaral Vieira, José Siqueira e Liduino Pitombeira.
Produtores de eventos e DJs, a equipe da festa Criolina (uma das mais populares da noite brasiliense) sabe da importância de participar de eventos como a FMB. ;É uma maneira de ampliar os seus contatos e buscar novas oportunidades. Sempre levamos o nosso guia cultural da cidade, a revista Satélite 61, e acabamos divulgando Brasília;, conta o DJ Rodrigo Barata. ;Mesmo para quem não está na programação vale a pena ir pois é possível conhecer muita gente nos bastidores. Foi assim, por exemplo, que, depois de irmos algumas vezes participar do circuito off festival da Womex ; uma das maiores feira de música e negócios do mundo ;, finalmente fomos convidados para fazer parte da programação oficial do evento;, acrescenta Barata.
;A FMB é uma grande vitrine musical. Depois de participar da feira, vários artistas têm conseguidos aumentar suas agendas de shows, com apresentações no Brasil e exterior, lançar seus CDs por selos estrangeiros, etc.;, avalia KK Mamoni.