postado em 27/12/2010 08:13
SP-55 é um trecho da Rio%u2013Santos que Sérgio Britto costuma trafegar para ir à praia. Ele tem uma casa no litoral norte paulista e considera especial aquele pedaço da rodovia, um "microcosmo do Brasil". "É uma estrada bonita, com trechos maravilhosos, mas também com muito lixo e violência", comenta o tecladista, cantor e compositor dos Titãs, que está lançando o terceiro disco solo, não por acaso batizado de SP55. É um título sugestivo, não só pela referência ao país e às viagens familiares, mas também por se tratar de um artista que há anos vem percorrendo um caminho, tentando descobrir uma identidade, uma sonoridade que o diferencie de sua banda.
Com o novo álbum, gravado com calma, durante dois anos, Britto acha que conseguiu chegar aonde queria. Ou, pelo menos, bem perto disso. "Pouquíssima coisa desse disco poderia estar no repertório dos Titãs", afirma. "As harmonias e as melodias são mais elaboradas. A sonoridade é mais leve, com violões de nylon, sem guitarras e quase sem bateria, só umas programações. E a temática, muitas vezes, é extremamente pessoal. Falo dos meus filhos, nominalmente, o que não cabe nos Titãs. O disco é todo mais lírico."
