Agência France-Presse
postado em 04/01/2011 18:20
Los Angeles - Jackie e LaToya Jackson compareceram no tribunal nesta terça-feira para ouvir depoimentos acusando o médico Conrad Murray de matar seu irmão, Michael Jackson, com uma overdose de poderosos sedativos.
A mãe de Jackson, Katherine, também foi à audiência prévia ao julgamento, que avalia o papel do Dr. Conrad Murray, acusado de homicídio culposo na morte do "rei do pop", em junho de 2009.
[SAIBAMAIS]O pai, Joe Jackson, embora não estivesse presente para o início das duas semanas de audiências, já foi citado negando as afirmações de que Michael teria se matado ao tomar os medicamentos por conta própria.
"Ele é um Jackson. Ele não pensa assim. Um mês antes de morrer, disse a Katherine que eles iam matá-lo por seu catálogo de publicações", afirmou ao site X17online.com, de notícias sobre celebridades, sem dizer quem eram "eles".
"Ele disse que iam matá-lo. Por que ele iria se matar?", acrescentou Joe Jackson, que, segundo o X17online, estava em Las Vegas.
Não se sabe se algum membro da família Jackson irá testemunhar nas audiências do Corte Superior de Los Angeles, ou se simplesmente assistirão aos procedimentos.
Na audiência preliminar, o juiz da Corte Superior de Los Angeles, Michael Pastor, decidirá se há evidências suficientes para denunciar Murray, de 57 anos, por homicídio culposo, que é matar sem a intenção de fazê-lo.
Murray, um cardiologista, é acusado de ter administrado um poderoso coquetel de sedativos e analgésicos para ajudar Jackson a dormir, e alega inocência das acusações.
Jackson, o maior astro pop de sua geração, faleceu aos 50 anos de parada respiratória em 25 de junho de 2009.
Sua morte chocou o mundo do entretenimento e deu origem a um intenso debate sobre a saúde do artista às vésperas de uma série de shows em Londres que marcariam sua volta aos palcos.
Um promotor alegou na última semana que os advogados de defesa dirão que Jackson acordou aquela noite fatídica em sua mansão em Beverly Hills e injetou em si próprio uma overdose de medicamentos enquanto Murray estava fora do quarto.
"Eu acho que está claro que a defesa está trabalhando com a teoria de que a vítima, Michael Jackson, se matou", disse o vice-promotor distrital David Walgren em uma audiência preliminar na semana passada.
É provável que seja dada ênfase na audiência ao uso que Murray fez de propofol, um anestésico usado em procedimentos cirúrgicos, para tratar a insônia de Michael. O medicamento poderoso não é indicado para uso doméstico ou para tratar distúrbios de sono.
A audiência preliminar é um procedimento de rotina no qual apenas uma ou duas testemunhas são convocadas, mas os promotores devem chamar até 35 testemunhas, segundo informações divulgadas pelo jornal Los Angeles Times.
Em outra ação, Joe Jackson busca obter indenização por perdas e danos não especificados de Murray e outros, inclusive de uma farmácia de Las Vegas que teria fornecido o sedativo propofol administrado ao cantor antes de sua morte.