postado em 14/01/2011 08:00
No apartamento de Lydia Adametes e Vitor França, mãe e filho, cada um tem o próprio monitor e seus títulos favoritos. A rotina de acompanhar fervorosamente capítulo por capítulo, porém, é compartilhada pelo dois. ;Quando vou atrás do Vitor, ele já viu tudo;, brinca Lydia, modesta. Ela começou a assistir a seriados por sugestão do filho. ;Antigamente, era só eu, mas, quando minha mãe se aposentou, passei alguns pra ela e ela começou a gostar;, diz o publicitário, de 25 anos. O irmão, Hugo, de férias no Caribe disputando campeonatos de pôquer, também é aficionado. O único ;rebelde; da família é o pai, Marco. ;É mais na dele, fica lendo o jornal;, brinca Vitor. Lydia adora a comédia Drop dead diva, cuja segunda temporada é atualmente exibida no país. ;Adoro as sacadas dela. Ela começa como uma modelo bem doidinha e burrinha, morre e revive no corpo de uma advogada superinteligente e gordinha. É bem engraçado porque as duas personalidades se misturam o tempo todo;, explica.[SAIBAMAIS]
Mais chegado a Breaking bad e The walking dead (para ficar somente em duas), Vitor acha as duas séries inovadoras. ;É uma história que nunca vi em seriado nenhum. Um cara se deu mal na vida, tinha tudo pra ser milionário, e vira um professor mal remunerado. Acaba com câncer e vira traficante. O protagonista, Walter, faz muita besteira, mas é muito inteligente;, diz, sobre Breaking bad. A dupla de atores principais, Bryan Cranston (Walter) e Aaron Paul (o parceiro traficante, Jesse), venceu o Emmy no ano passado. E Cranston concorre ao Globo de Ouro no próximo domingo.
The walking dead agradou por se diferenciar de outras do gênero terror. ;Não sou fã de zumbi, mas achei muito bem feito. A história é bem elaborada, acho que vai render muitos episódios. Quiseram experimentar, e deu muito mais certo do que as de vampiros;, acredita Vitor. Estouro de público logo na temporada de estreia, o seriado também conquistou a crítica e ganhou indicação ao Globo de Ouro, na categoria de melhor série dramática.
Daniela Coelho, 26, funcionária pública, não perde um episódio das comédias Community e United States of Tara. A primeira, ambientada numa instituição de ensino superior comunitária, ela considera como uma das mais divertidas na atualidade. ;É meta-humor. Isso me atrai bastante;, descreve. Já em Tara, Daniela adora a personagem multifacetada da atriz Toni Collette. ;É uma história meio maluca, a ideia do seriado dá medo. E, ao mesmo tempo, é educador. A impressão que dá é que eles pesquisaram muito sobre personalidades alternativas;, conta. Toni venceu o Globo de Ouro, ao qual concorre novamente em 2011, e o Emmy no ano passado.