Diversão e Arte

Poucos dos quadrinhos produzidos nas Argentina são publicados no Brasil

postado em 26/03/2011 08:57
As tiras do cartunista têm humor, delicadeza e referências à cultura popMesmo com toda a tradição que a Argentina tem na produção de histórias em quadrinhos, muito pouco do que foi e é feito lá ganha edição brasileira. Ainda assim, alguns nomes bastante populares das HQs argentinas são velhos conhecidos dos leitores brasileiros ; caso de Quino, criador da personagem Mafalda, de Maitena e sua série Mulheres alteradas e, de uns anos para cá, de Liniers e sua tirinha Macanudo.

Antes mesmo de ser publicado no Brasil, o trabalho de Liniers já reverberava por aqui. E é fácil entender o porquê. Ele usa muito humor e delicadeza para falar da vida, sempre com altas doses de cultura pop. E seus desenhos são automaticamente reconhecíveis. Em 2008, a primeira coletânea de Macanudo saiu no Brasil pela editora Zarabatana Books ; até o ano passado, mais duas foram lançadas, além de Bonjour, título que reúne trabalhos mais antigos do desenhista. Alguns personagens em Macanudo são recorrentes, como o gato Fellini, a menina Enriqueta, os pinguins que aparecem em cenas mudas e os duendes de chapéu comprido.

O artista visitou o Brasil em algumas ocasiões e, semana que vem, estará pela primeira vez em Brasília. Terça e quarta, das 19h às 22h30, ele ministra oficina de roteiro e ilustração no Instituto Cervantes. As inscrições custam R$ 150 e podem ser feitas no local até hoje. Liniers também fará duas sessões de autógrafos: terça, das 13h às 15h, na Livraria Cultura do CasaPark; e quarta, das 18h às 19h, no próprio Instituto Cervantes.

Ricardo Liniers Siri, 37 anos, nasceu em Buenos Aires. Ainda criança, ele se apaixonou pelas histórias em quadrinhos, em especial pelo trabalho de seu compatriota Quino e por alguns títulos dos quadrinhos franco-belgas, como Tintim (de Hergé) e Asterix e Obelix (da dupla Goscinny e Uderzo). Atualmente, ele conta que suas influências são diversas, de Os Simpsons a Woody Allen, passando por Monty Python, Charles Schulz (pai da turma de Charlie Brown) e George Harriman (criodor da clássica tira Krazy Kat). Dos quadrinhos brasileiros, Liniers se diz fã de Adão Iturrusgarai, Laerte, Fábio Zimbres, Allan Sieber e Eloar Guazelli. Em entrevista ao Correio feita em 2008, ele afirmou: ;Tudo que me surpreende e se conecta comigo influencia meu trabalho em algum nível. A coisa é criar a partir de seu próprio trabalho;.

Oficina de roteiro e ilustração de histórias em quadrinhos
Dias 29 e 30 de março (terça e quarta), das 19h às 22h30, no Espaço Cultural do Instituto Cervantes (707/907 Sul). Inscrições até hoje, das 8h às 13h, na secretaria do instituto. Preço: R$ 150. Vagas limitadas. Informações: 3242-0603.

Sessão de autógrafos
Dia 29 (terça), das 13h às 15h, na Livraria Cultura do Casapark. Dia 30 (quarta), das 18h às 19h, no Instituto Cervantes. Acesso livre.

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