postado em 28/04/2011 08:00
;Portela, eu às vezes meditando, quase acabo até chorando/ E nem posso me lembrar/ Em teus livros têm tantas páginas belas/ Se for falar da Portela, hoje não vou terminar.; Esse amor incondicional pela agremiação azul e branca, cantado por Monarco em Passado de glória, não tem mesmo fim. Foi um rio que passou em minha vida (Paulinho da Viola), Corri pra ver (Monarco, Casquinha e Chico Santana), Portela na avenida (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro); todas exaltam a escola de samba de Oswaldo Cruz e fazem parte do meio século de carreira do artista, comemorado no show Monarco ; 50 anos de samba, hoje e amanhã, às 20h, na Caixa Cultural.
;Além dos sambas-exaltação à Portela, vou cantar músicas escritas com o parceiro Ratinho (já falecido), como Vai vadiar e Coração em desalinho (sucesso com Zeca Pagodinho e, agora, tema da novela Insensato coração na voz de Maria Rita). E também composições de grandes nomes do samba, como Meu drama e Aquarela brasileira, de Silas de Oliveira, e Quem me vê sorrindo e Alvorada, de Cartola e Carlos Cachaça (a última também de Hermínio Bello de Carvalho);, conta o músico carioca que, na apresentação, tem a companhia de Guará (violão), Marquinhos (pandeiro), Serginho Procópio (cavaquinho) e Timbira (surdo), todos integrantes da Velha Guarda da Portela.
;O show será emocionante. São 50 anos de carreira e muitos desses sambas já entraram para a história. Estou com 77 anos, cheio de vida e mais feliz ainda por saber que estou sendo reconhecido. Ganhei o 3; Concurso de Samba de Quadra com A grande conquista e já fiz um samba novo para concorrer na Portela ano que vem;, revela o portelense, com esperança de ver a escola vencedora do carnaval em 2012.
Muito pouco
Em novembro do ano passado, Moska desembarcou em Brasília para lançar o trabalho Muito pouco. Mas o único show no Centro de Convenções Ulysses Guimarães não foi suficiente. Por isso, ele voltou. No sábado, às 20h, e no domingo, às 19h, na Caixa Cultural, ele canta faixas dos álbuns Muito e Pouco e hits, como Pensando em você e A seta e o alvo.
;O local é perfeito, pois o show tem uma dinâmica teatral. É uma apresentação sobre a desaceleração. Esse projeto foi uma resposta à vida que levava até então. Depois de 13 anos, saí de uma gravadora multinacional e fui fazer algo que tivesse seu próprio tempo. Muito pouco levou seis anos para ficar pronto, mas esse foi o tempo dele;, explica sobre os discos lançados em julho de 2010.
A dobradinha conta com sons opostos e complementares. Em Muito, as letras são animadas e as batidas são vibrantes. Já Pouco traz composições mais introvertidas, arranjos intimistas e participações especiais, como as das cantoras Zélia Duncan e Maria Gadú.
Daniel (guitarra), Dunga (baixo), João Viana (bateria) e Sacha Amback (teclados) acompanham Moska na Caixa Cultural, cenário do DVD Mais novo de novo (2007) e, por isso, um palco especial para o cantor, que não esconde o carinho pela capital: ;De alguma maneira, foi Brasília quem me escolheu para gravar o DVD. A cidade foi o primeiro lugar em que eu fiz um show lotado. Vocês sabem admirar a diversidade brasileira;.
Monarco
Hoje e amanhã, às 20h, no Teatro da Caixa Cultural (SBS, Qd. 4, Lt. 3/ 4; 3206-6456, show Monarco ; 50 anos de samba. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, professores, clientes e empregados Caixa e doadores de 1kg de alimento não perecível). Não recomendado para menores de 12 anos.
Moska
Sábado, às 20h e, domingo, às 19h, no Teatro da Caixa Cultural (SBS, Qd. 4, Lt. 3/ 4; 3206-6456), show Muito pouco. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais, professores, clientes e empregados Caixa e doadores de 1kg de alimento não perecível). Não recomendado para menores de 14 anos.