Diversão e Arte

Instrumentistas estreiam no Clube do Choro nesta quarta

postado em 04/05/2011 08:01

Se por acaso, numa seleção, fosse necessário que os instrumentistas Alessandro Penezzi e Alexandre Ribeiro apresentassem o curriculum vitae, se sairiam bem classificados. Paulista de Piracicaba, Penezzi iniciou os estudos na cidade natal e concluiu bacharelado em Música Popular pela Universidade de Campinas (Unicamp), em 2005 . Ex-integrante do Trio Quintessência até 2007 e atualmente atuando no grupo do Choro Rasgado, Penezzi, multi-instrumentista, toca violão, cavaquinho, bandolim e flauta. Enquanto Ribeiro, paulista de São Simão, é clarinetista desde os 12 anos e se formou no curso de bacharelado em instrumento ; clarinete na Universidade Estadual Paulista ; (Unesp).

Alessandro Penezzi e Alexandre Ribeiro: composições próprias e clássicos brasileirosComo era de se supor, a amizade entre o violonista Alessandro Penezzi e o clarinetista Alexandre Ribeiro começou por causa da música. ;Eu me e apresentava no Ó do Borogodó, em Pinheiros (São Paulo), o Alexandre sempre aparecia por lá. De vez em quando, dávamos uma canja;, relembrou Penezzi. Os dois se apresentam de hoje até sexta, às 21h, no Clube do Choro.

No repertório, eles interpretarão composições do CD Cordas ao vento, parceria entre os dois lançada no começo deste ano. Ao choro ligeiro do Cordas, serão incorporados clássicos da música instrumental brasileira, como Lamento do morro, composição de Garoto (Aníbal Augusto Sardinha) e Perigoso (de Esmeraldino Salles e Orlando Silveira).

Celeiro

Os dois são uma amostra da safra de bons instrumentistas brasileiros jovens atuando no Brasil. O país é um grande celeiro de virtuoses em vários instrumentos. Uma contradição numa terra em que se investe muito pouco em escolas de formação de base. ;Tivemos músicos que foram estudar formalmente fora e se tornaram pilares para a educação musical daqui. Mas isso é uma coisa de no mínimo uns 15 anos atrás. Hoje em dia, com a disseminação de informação pela internet, a necessidade de sair do Brasil é menor;, acredita o músico. ;Isso é devido ao espírito guerreiro do músico brasileiro. Não existe apoio e praticamente fomento nenhum. Mas o músico brasileiro abraça a causa e vai. É mais forte do que ele. É verdade que muitos mantêm trabalho paralelo. Respeito os instrumentistas que precisam trabalhar e se virar. Eu leciono bastante. Se pintasse um trabalho fixo, iria também;, constata o violonista e professor.

Esta será a quarta visita que o violonista faz ao Clube do Choro de Brasília. Desta vez, espera ver as aulas da Escola de Choro Raphael Rabello seguindo a todo vapor. ;Vi as fundações da nova sede e estou ansioso para vê-la inaugurada. Mas não consegui ver a escola em funcionamento ainda;, admitiu Penezzi.

Alessandro Penezzi e Alexandre Ribeiro

Apresentações do violonista e clarinetista, de quarta a sexta-feira, a partir das 21h, no Clube do Choro de Brasília (Eixo Monumental, entre a Torre de TV e o Centro de Convenções; 3224-0599) . Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.

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