Irlam Rocha Lima
postado em 18/05/2011 15:25
Ao participar do Festival de Montreux, na Suíça, em 2007, e conquistar a segunda colocação, concorrendo com guitarristas de várias partes do mundo, Diego Figueiredo ouviu de George Benson, presidente do júri, o seguinte comentário: ;É um monstro, com uma maneira única de tocar. Com certeza ele está entrando para a história da guitarra do jazz;. Elogios semelhantes, este músico paulista, que por dois anos ; na década passada ; integrou a banda brasiliense Squema Seis, tem recebido de nomes destacados nomes da música instrumental, como Pat Metheny, Al Di Meola, Hermeto Pascoal, Guinga e Roberto Menescal. A cantora brasileira Flora Purim, radicada nos Estados Unidos, também reconhece o talento e a técnica de Diego: ;Eu já ouvi e fui acompanhada por músicos do calibre de Baden Powell e Joe Pass, mas nunca vi ninguém com tamanha precisão e suingue como Diego;.
Com 30 anos, Diego, além de guitarrista é arranjador, orquestrador e produtor. Desde a adolescência brilha em palcos de teatros, clubes de jazz e casas noturnas no Brasil e no exterior. Ao Clube do Choro, para onde está de volta nesta semana, tem vindo com certa frequência. De hoje a sexta-feira, às 21h, acompanhado pelo pianista Alexandre Martins, ele é a atração do projeto Clube do Choro do Brasil.
No show, vai mostrar temas que compôs para dois CDs: Vale dos lobos, gravado no estúdio do cantor português Rui Veloso, em Lisboa, há um ano, e lançado recentemente naquele país. O outro, Just the two of us, que dividiu com a cantora francesa Cyrille Aimé, saiu no mercado japonês. ;Este disco, que gravamos no fim de 2010, no Avatar Studio, em Nova York, foi produzido por Todd Barkan, o produtor de Bill Evans e outras feras do jazz;, conta Diego.
Com Alexandre Martins, ele tem total sintonia. ;Já nos apresentamos no Japão, em países da Europa, como Alemanha, Inglaterra, Espanha, e também nos Estados Unidos e Canadá. Em todos esses lugares, buscamos sempre colocar em evidência a música brasileira de Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim e Baden Powell, lado a lado com o jazz de Cole Porter, Dizzy Gilespie, Milles Davis e Thelonious Monk;, enaltece.
Diego convive com agenda sempre recheada de compromissos. A partir do dia 22, ele fará apresentações em Franca, Ribeirão Preto e Rio de Janeiro, para divulgar o Vale dos lobos. ;Em seguida, entre 31de maio e 4 de junho, estarei em Nova York, onde farei cinco shows no Dizzi;s Club, no Lincoln Center, considerado um dos mais importantes palcos do jazz nos Estados Unidos;, adianta.
Diego Figueiredo
Show do guitarrista, acompanhado pelo pianista Alexandre Martins de hoje a sexta-feira, às 21h, pelo projeto Clube do Choro do Brasil. No Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes). Informações: 3224-0599.