postado em 02/06/2011 09:29
Forte candidato a representar o Brasil na hercúlea disputa por uma vaga entre os indicados ao melhor filme em língua estrangeira, categoria cobiçada pelos países de língua não inglesa, a continuação Tropa de elite 2, sucesso de público e crítica, fez a festa na décima edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, anteontem, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O filme do agora hollywoodiano José Padilha levou o troféu Grande Otelo em nove categorias (melhor som, melhor montagem de ficção, melhor direção de fotografia, melhor ator coadjuvante, melhor roteiro original, melhor ator, melhor direção, melhor longa-metragem de ficção e melhor longa-metragem de ficção pelo voto popular). José Padilha fez uma peregrinação ao palco e encheu as mãos de troféus. Representou ainda Lula Carvalho (melhor fotografia) e Wagner Moura (melhor ator), ausências sentidas no prêmio. Os dois estão em set de filmagens. Padilha teceu rosário de elogios ao trabalho de Wagner, também coprodutor do filme. ;Além de excelente ator, ele também ajudou dando opiniões na produção do filme;
Com todos os principais prêmios nas mãos de Tropa de elite 2, sobrou quase nada para os concorrentes. Glória Pires ganhou como atriz pelo quase esquecido Lula, o filho do Brasil. O forte da noite foram então as homenagens. Com 50 anos de trabalho no cinema e mais de 80 filmes brasileiros de curtas e longas metragens, a exemplo dos clássicos Terra em transe, Dona Flor e seus dois maridos, Bye bye Brasil e O que é isso companheiro?, o casal Lucy e Luiz Carlos Barreto foi laureado no palco. ;Esse cara faz parte da minha vida. A casa deles era o lar do cinema novo e, até hoje, somos uma grande família;, declarou Cacá Diegues. ;Deveriam ter feito um seguro de vida antes de me chamarem para subir ao palco, pois foi muita emoção;, revelou Luiz Carlos Barreto.
Quem também emocionou a pleteia foi Lucia Rocha, mãe de Glauber Rocha, que subiu ao palco para receber o Prêmio Especial de Preservação para Cineop ; Mostra de Cinema de Ouro Preto. De cadeira de rodas, Norma Benguell ganhou estatueta das mãos de Marieta Severo pela contribuição ao cinema nacional. Ela estreou, em 1959, com O homem do Sputnik, protagonizado por Oscarito. Benguell foi aplaudida de pé ao pedir ajuda para ser levantada e agradecer a honraria.
O prêmio fez a festa dos paparazzis, dos sites e revistas de celebridades. Desfilaram pelo foyer do João Caetano estrelas como Camila Pitanga, Alinne Moraes, Juliana Didone, Roberta Rodrigues, Giulia Gam, Glória Pires, Marieta Severo, Ingrid Guimarães, Leandra Leal, Tainá Muller, Alice Braga, Rita Cadillac, Caio Blat, André Mattos, Luciano Szafir, Ângelo Paes Leme, André Ramiro, Nelson Xavier, Hugo Carvana, Jorge Mautner, Marcos Paulo e Cássio Gabus Mendes.