Diversão e Arte

Programação musical eclética anima último dia do Móveis Convida 2011

postado em 04/07/2011 08:34
Ainda que nem todos os participantes da programação do Móveis Convida 2011 tenham recebido atenção tão entusiasmada do público, a resposta foi, no geral, muito respeitosa. Participaram do evento as bandas Scalene, Gloom (GO), Brown-Há, Nevilton (PR), Fernando Aniteli Trio (SP), Electrodomesticks, Dancing Mood (Argentina), a cantora Gaby Amarantos (PA) e, encerrando a escalação, os anfitriões Móveis Coloniais de Acaju.

A banda Móveis Coloniais de Acaju reuniu 2 mil pessoas no Centro Comunitário da UnBO sétimo e último dia da edição 2011 do festival, realizado no sábado, no Centro Comunitário da UnB, foi uma festa eclética, de confirmações e surpresas. Que a banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju é a mais querida da cidade hoje em dia não é mais novidade. O show dos anfitriões foi o mais concorrido dos oito que passaram pelos dois palcos montados no local (um dentro e outro na área externa do Centro Comunitário). Quando eles subiram ao placo, faltando dez minutos para a meia-noite, aproximadamente 2 mil pessoas estavam lá para vê-los.

O gargarejo foi concorrido. Enquanto Gaby Amarantos fazia a penúltima apresentação de sábado na área interna, os fãs do Móveis se posicionavam à frente do palco externo para garantir uma boa posição para assistir à banda. ;Eu queria ver a Gaby, mas se eu sair daqui já era;, explicou a servidora pública Suzanne Costa, 26 anos.

E quem conseguiu acompanhar a apresentação da cantora paraense pôde conferir o porquê da alcunha ;musa do tecnobrega;. O show de Gaby Amarantos é irresistivelmente dançante ; e o público se viu obrigado a tirar o pé do chão. O carisma da moça está aliado a uma competente banda, que, mais do que se apoiar em clichês musicais e regionalismos, bebe de diferentes fontes para criar um som de muita personalidade. ;Tecnobrega é mais que curtição; é batida eletrônica brasileira, da Amazônia;, defendeu a cantora.

Se Gaby pegou muita gente de surpresa, os fãs de Fernando Aniteli sabiam o que esperar. Vocalista e mentor do grupo O Teatro Mágico, ele fez no sábado a primeira apresentação brasiliense de seu Fernando Aniteli Trio. Musicalmente, as músicas do projeto não são muito diferentes das de sua outra banda. No entanto, o trio deixa mais espaço para que os integrantes explorem seu lado instrumentista.

;O baixista é um monstro;, elogiou o economista Rafael Costa, 22 anos, sobre a destreza do músico Fernando Rosa. O jovem gostou da seleção do repertório, que misturou músicas do trio com canções do Teatro Mágico, como Pena e Camarada D;água. ;Isso deixou o show mais animado;, avaliou Rafael.

Aniteli, que depois tirou fotos e deu autógrafos para incontáveis fãs, disse ter uma empatia mais do que musical com o pessoal do Móveis. ;É também a maneira de enxergar o mundo, de gerir a própria obra. É fundamental que um festival discuta isso, como esse faz;, comentou Aniteli , referindo-se à série de palestras e oficinas promovidas pelo evento ao longo da semana passada.

Outra surpresa da noite foi o show dos argentinos da banda Dancing Mood. Os 14 músicos em cena fazem um ska-jazz na tradição dos grandes nomes do estilo jamaicano ; com muitos solos, improviso e músicas sempre dançantes. Para o trompetista Hugo Lobo, a primeira apresentação do grupo no Brasil não poderia ter sido melhor: ;Foi um privilégio ter todo esse respeito do público. Somos uma banda instrumental e, às vezes é difícil conquistar as pessoas logo de cara, mas dessa vez foi muito legal;.

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