Agência France-Presse
postado em 22/07/2011 10:53
Los Angeles (EUA) - Capitão América: O primeiro vingador, o último personagem da galeria Marvel que chega aos cinemas americanos nesta sexta-feira, em sua nova versão surge com um patriotismo atenuado nos horrores da Segunda Guerra Mundial, cenário original de um super-herói nascido da luta contra o nazismo. O super-herói, cujo filme estreará no Brasil apenas na próxima semana, se unirá assim a outros personagens da Marvel, que já lançou com sucessos cinematográficos estrelados por Homem Aranha, Homem de Ferro, X-Men, Hulk e Thor.O filme narra a história de Steve Rogers, que é rejeitado pelo exército para o qual queria se recrutar. Mas o jovem magro e fracote consegue finalmente ser selecionado pelo governo para receber um tratamento secreto que instantaneamente faz com que adquira musculatura e a força de um deus grego. Vestido com um traje com as cores da bandeira americana, um escudo ao braço e um capacete na cabeça, ele passa a combater os nazistas e frustrar os planos megalômanos do sinistro Johan Schmidt.
"A ideia da Marvel era fazer um Capitão América contemporâneo. Mas eu disse a eles: ;Vocês têm a chance de contar a história original do personagem. Sabia que havia uma história formidável na origem do personagem", explicou à AFP o diretor do filme, Joe Johnston. Segundo o cineasta, o Capitão América agora não é necessariamente americano. "Podemos pegar este personagem, o que ele faz, pensa, aquilo em que acredita, e transportá-lo para qualquer cultura, país ou época", disse ainda.
"A coisa mais americana que o filme tem é seu título. Não quis fazer um filme de propaganda", assegura o diretor, responsável por filmes como Jumanji (1995), Jurassic Park 3 (2001) e O lobisomem (2010). De fato, apesar de presentes, as referências históricas são discretas. E Hitler, muito evocado, não aparece em momento algum. "Fazemos referência ao Führer, mas isso é tudo. Criamos nosso próprio universo", acrescentou.
Reduzida ao essencial, a história elimina o peso dos efeitos especiais ou dos personagens secundários que geralmente dominam os filmes de super-heróis, o que, segundo o cineasta, dá à produção um certo toque clássico. "Queria que o filme tivesse um sabor ;anos 40;", explica.
A trama do filme possui uma candura assumida: "É o bem contra o mal. É verdadeiramente a história de um cara qualquer que quer fazer o bem. É sobre sua determinação", afirmou Joe Johnston. Isso é confirmado pelo escultural Chris Evans, cujo corpo é reduzido na primeira parte do filme ao de praticamente um camarão, graças a incríveis efeitos especiais. "O Capitão América é um cara do bem. Ele faz o bem porque é que é preciso ser feito", acrescentou Johnston. E ele faz isso de maneira relativamente realista. "Muitos super-heróis nasceram com seus poderes. Mas o Capitão América foi escolhido. Seus superpoderes são, em sua maioria, realistas. Ele não voa, ele não vira chamas..."
Para o ator, que foi uma tocha humana no Quarteto Fantástico, o maior desafio foi o peso de assumir este papel. "É um personagem que as pessoas adoram e do qual esperam muita coisa. E eu não estava lá para criar algo novo, e sim dar continuidade a algo que já existia", explica. "É uma faca de dois gumes: o lado positivo é que existe um público cativo, que conhece o personagem e vai ver o filme. Mas eles vão ter uma grande expectativa e não quero decepcioná-los", confidenciou.