Diversão e Arte

Fãs lotam praça perto da casa onde Amy Winehouse morava, em Londres

postado em 25/07/2011 10:02
Londres acordou ontem acometida pelos efeitos de uma triste e amarga ressaca. A notícia da morte da cantora Amy Winehouse no sábado vestiu a capital inglesa com trajes fúnebres. Centenas de fãs da cantora dirigiram-se à Camden Square, praça no bairro residencial ao norte da capital, para depositar flores, cigarros e garrafas de vodka perto da casa da cantora. A comoção lembra a mesma que acometeu os britânicos depois da notícia da morte da princesa Diana, misturada a oferendas mundanas.

A cantora foi encontrada morta no último sábado dentro de seu apartamento em Londres. Ela havia acabado de sair de uma internação em outra clínica de recuperação para dependentes químicos. Em entrevista ao jornal The New York Times, no último dia 19, o pai da cantora Mitch, dava notícias sobre o estado de espírito da filha. ;Amy está passando por momentos não muito bons. Mas, nas últimas semanas, ela tem estado absolutamente fantástica;, comemorava o pai.

As causa da morte de Winehouse vem provocando uma verdadeira queda de braço entre a Scotland Yard e a imprensa da Inglaterra (uma das mais sensacionalistas do mundo). Com cautela, a polícia ainda tratava a morte dela como fruto de ;causas desconhecidas; e anunciou que o resultado da autópsia possivelmente só será divulgado hoje. Já manchetes de grandes jornais davam como certo a morte por overdose.

O Daily Mail nominou a última noite da cantora como ;as sórdidas horas finais de uma estrela problema;. Segundo o jornal, Amy teria comprado um bom lote de cocaína, ecstasy e quetamina (um tranquilizante para cavalos) de um traficante local na última sexta-feira. Um vizinho que pediu anonimato relatou ter ouvido gritos vindos de dentro da casa. ;Era altíssimo. Como se alguém estivesse sentindo muita dor;, declarou. Perto das 14h de ontem (horário de Brasília), a família Winehouse se pronunciou em nota oficial. Eles compararam a perda da filha a um buraco deixado na vida deles. ;Estamos arrasados. Nós nos reunimos agora e pedimos privacidade para aceitar a morte de Amy;, dizia o texto. A declaração serviu para botar panos quentes na afirmação fria feita pela mãe da cantora, Janis, ao The Daily Mirror no sábado. ;Era apenas uma questão de tempo. Mas sua morte repentina ainda não me bateu;, disse Janis Winehouse ao jornal. Ontem o site oficial da artista www.amywinehouse/lionessrecords ficou o dia inteiro fora do ar.
[SAIBAMAIS]
O músico britânico Mark Ronson, que produziu o álbum Back to black e dividiu o palco com Amy em várias ocasiões, fez uma declaração emocionada. ;Este é o momento mais triste da minha vida. Ela era minha alma gêmea;, declarou emocionado. Boy George, ídolo dos anos 1980, fez uma declaração inconformada. ;É quase impossível conter a minha tristeza e fúria. Estou profundamente triste por muitas razões;, postou em seu perfil no microblog Twitter, o sempre intenso George.

Outra das principais artistas deste começo de século, a performática Lady Gaga, também postou condolências usando o Twitter. ;Winehouse mudou a música pop para sempre. Ela viveu do jazz e do blues;, escreveu em poucas linhas. A cantora juvenil apadrinhada por Amy, Dionne Bromsfield usou o próprio site para demonstra a tristeza diante da morte da madrinha musical. ;Estou devastada;, resumiu.

O comediante, ator e cantor britânico Russel Brand usou um farto espaço em seu blog para publicar um texto em que se lembrava de quando conheceu a cantora, antes do sucesso mundial, e lamentando o excessivo consumo de drogas. ;Quando convivemos com pessoas viciadas, sempre esperamos ;a Ligação;. Nossa esperança é que seja um telefonema do próprio viciado dizendo que está limpo. Mas quase sempre é o ruído noturno de alguém dizendo que ela se foi;, escreveu Russel. Ainda não foi divulgado quem fez ;a Ligação; para o serviço médico e para a polícia e nem quem estava com a cantora quando ela morreu.

Underground
Camden Town é um bairro de subúrbio localizado ao norte de Londres. Ficou conhecido pelo florescimento de uma forte cultura underground desde os anos 1970 que perdura até hoje. Traficantes, boêmios e vagabundos convivem com artistas em pubs locais. Amy cresceu lá. Havia se mudado para o flat onde morreu há apenas quatro meses. Agências de notícias brasileiras relatam que na porta da casa de Winehouse, um dos idiomas mais falados é mesmo o português do Brasil. Ainda sem a definição de local de sepultamento da artista, a residência periga virar centro de peregrinação.

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