postado em 25/07/2011 10:14
A morte da cantora britânica também deixou os brasilienses mais tristes. A estudante Carolina Alvim, 22 anos, foi ao show de Amy Winehouse em São Paulo e, mesmo com receio de não vê-la subir ao palco, disse que ficou satisfeita com a apresentação. ;Sempre admirei o trabalho dela. Não achava que ela fosse cantar mal, tinha medo de ela não aparecer, mas no fim percebi o quanto incrível ela é;. A jovem ficou chocada ao receber a notícia da morte da diva da black music. ;Foi um susto grande. Ela era muito nova. Eu ainda achava que ela ia se recuperar.;Os amigos Rogério Franco, 25 anos, e Newton Freire, 29 anos, conheceram a obra da artista juntos. Eles também assistiram às apresentações da cantora no Brasil, só que no Rio de Janeiro. ;Fui para o Rio com a esperança de ver o espetáculo. Falo em esperança, pois já sabia da fama de não terminar os shows. Sempre brincava que queria assistir a um show dela antes da morte da artista e pelo jeito consegui fazer isso.; Franco lamentou o falecimento de Amy, mas garante que ela marcou uma geração. ;Foi uma grande artista que mesmo com as loucuras conseguiu afirmar e reafirmar seu talento que há anos o mundo não via. Uma pena! Foi uma trajetória muito rápida, mas marcante.;
Assim que recebeu a notícia, Newton começou a relembrar as principais canções da artista. Ele conta que foi pego de surpresa. ;Foi chocante. Não estava esperando. Não sabia que ela estava em crise;, comenta. Ele colocou em seu perfil do Twitter a foto que tirou com os amigos na porta do show no Rio. ;Pensei em homenageá-la de alguma forma. Agora, eu estou aqui ;curtindo; uma tristeza. Espero que as pessoas comecem a valorizar mais o lado musical dela.;
Arrependimento
A cientista política Julia Vianna, 25 anos, não para de lamentar a morte da cantora. ;Estou triste e ainda chocada com o que aconteceu. É lamentável ver um talento tão grande ser interrompido tão cedo. Mesmo sabendo de todos os problemas da Amy com as drogas, esperava que ela conseguisse sair dessa, ter um fim melhor;, diz. A jovem conta que o maior arrependimento foi não ter ido às apresentações dela no Brasil.
O engenheiro João Vitor, 24 anos, foi ao show de Amy Winehouse no Rio de Janeiro. Apesar de ter gostado do que viu, ele conta que foi uma experiência difícil ver um ídolo já em queda. ;O estado de decadência da cantora fez com que eu vivesse momentos de tensão desde o momento da compra do ingresso até sua saída do show. Dividi com outros fãs a agonia de que apresentação se tornasse uma decepção;, explica.
Foi uma amiga que contou a João sobre a morte da cantora. Mesmo sabendo que Amy Winehouse estava caminhando a passos largos para a destruição, ele admite a tristeza. ;Senti um misto de pena e tristeza. Digo sem receio que o mundo perdeu precocemente uma das maiores artistas da atualidade.;
Depoimento
Sucesso nas pistas
A Amy Winehouse, definitivamente, não é uma cantora de pista. Pelo menos não é ela que se espera ouvir quando se está numa boate com o som nas alturas, bebendo e enfrentando gelo seco e luzes estroboscópicas que nos cegam. No entanto, quando toco os meus discos de vinis no Sonique, em São Paulo, ou no Gate;s Pub, em Brasília, sempre lanço mão de uma música da Amy: Valerie ou You Know I;m Good. Fujo de Rehab por conta da obviedade. A maioria das canções da artista foi talhada para ouvir em casa ou no carro, nunca numa boate. Mas eu arrisco e sempre deu certo. O impressionante é que, quando rola a Amy nas carrapetas, as pessoas param de dançar e passam a cantar, como se estivessem num caraoquê. (Ullisses Campbell é repórter e DJ)
Rehab no Fortal
A cantora Danyela Mercury arranjou um jeito de homenagear a diva inglesa durante apresentação ontem em cima do trio elétrico no Fortal 2011. A baiana usou o mesmo penteado de Winehouse e cantou Rehab e Back to black, canções do segundo álbum da britânica. ;Vamos homenagear essa extraordinária cantora que não celebrou a vida como nós, mas a gente celebra agora por ela;, declarou em tom moralista.