Diversão e Arte

Exposição inaugura sede do Iphan e passeia pela história da embarcação

Nahima Maciel
postado em 31/08/2011 08:38
Miniaturas de embarcações brasileiras podem ser visitadas até 18 de novembro, na sede do Iphan (913 Sul)
O Brasil tem 8 mil quilômetros de litoral e é considerado o país mais rico em variedade de embarcações. São tantos formatos e funcionalidades que é possível classificá-los segundo a região, o uso e a cultura local. A diversidade é um dos temas de Barcos do Brasil, exposição que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abre hoje para inaugurar as instalações da sede na Asa Sul.

O prédio tem galeria destinada a exposições relacionadas ao patrimônio, biblioteca e espaço para, no futuro, abrigar lojinha e café. O Iphan quer aproximar a instituição do público e acredita que pode atrair as pessoas com espaços comuns e de acesso fácil. Batizada de Sala Mario de Andrade, o espaço será reservado para mostras do próprio Iphan, mas também aceita propostas externas.

Barcos do Brasil reúne 80 réplicas de embarcações brasileiras da Coleção Alves Câmara Século 21, uma iniciativa do Museu Nacional do Mar de São Francisco do Sul para resgatar o patrimônio naval brasileiro. O museu contratou especialistas em modelismo de barcos para reproduzir as peças de acordo com os originais. Muitas dessas embarcações estão extintas e datam de séculos passados, o que levou os pesquisadores do museu a realizar extensa investigação iconográfica para identificar os barcos.


Detalhes originais

Cheio de regras, o modelismo naval procura reproduzir os detalhes originais e constrói os modelos baseado numa escala que permite ao observador ter noção exata do tamanho e distribuição de espaços dos barcos. É um nível de detalhes capaz de fisgar crianças e adultos. ;O modelismo reproduz da maneira mais fidedigna possível e é diferente do artesanato, que tem uma coisa de criatividade e não tem a preocupação em representar minimamente;, explica Maria Regina Weissheimer, uma das organizadoras da exposição.

A ideia de reproduzir as embarcações brasileiras para preservar a história do patrimônio naval surgiu com Alves Câmara. Ele chegou a reunir 42 réplicas, mas nenhuma confeccionada de acordo com as proporções e os detalhamentos que regem a prática do modelismo. O museu catarinense retomou a ideia e ganhou apoio do navegador Amyr Klink, patrono da coleção.

No conjunto, há preciosidades como a reprodução da última canoa de tolda do São Francisco, tombada pelo Iphan, e os saveiros que transportavam mercadorias pelo litoral do Recôncavo Baiano até os anos 1950 e acabaram por perder espaço para o transporto rodoviário.

Barcos do Brasil

Exposição de réplicas de barcos. Visitação até 18 de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, na Sala Mário de Andrade, no Iphan (Ed. Lucio Costa, SEPS Qd 713/913, Bloco D).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação